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Primeiro-ministro turco vence eleições presidenciais no primeiro turno

Na liderança do governo turco nos últimos 11 anos, Recep Tayyip Erdogan anunciou a intenção de continuar no poder pelo menos até 2023

efe

Erdogan confirmou que fará um pronunciamento em algumas horas, em Ancara

São Paulo – O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, venceu já no primeiro turno  as eleições presidenciais realizadas ontem (10), com 52,1% por cento dos votos. O adversário mais próximo e principal candidato da oposição, Ekmeleddin Ihsanoglu, obteve 38,9% dos votos e o da minoria curda, Selahattin Demirtas, 9,2%. Com a vitória por maioria absoluta, Erdogan conquista a Presidência da Turquia sem a necessidade de realização do segundo turno, agendado para 24 de agosto.

Ao tomar conhecimento dos resultados ainda preliminares, Erdogan dirigiu-se para a histórica mesquita Eyüp Sultan, em Istambul, para rezar, como faziam os sultões otomanos antes de subirem ao trono, “agradeço a todos aqueles que trabalharam para este resultado”, declarou o chefe de Estado a centenas de apoiadores concentrados em frente à mesquita.

“Vamos elevar o nível da nossa democracia e continuar na via do processo de paz para uma resolução do conflito curdo”, acrescentou, em uma curta declaração transmitida por emissoras turcas.

Erdogan confirmou que fará um pronunciamento em Ancara, a partir da varanda da sede do seu partido político, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), quando forem anunciados os “resultados finais” da primeira eleição presidencial realizadas no país por sufrágio universal direto.

Mesmo antes da vitória, Erdogan não escondeu que desejava manter o controle do Executivo e reforçar os poderes presidenciais. Para proceder a essa reforma, é necessária uma revisão constitucional, que só será possível com a vitória, por uma boa margem, do AKP nas eleições legislativas de 2015, já que as emendas constitucionais precisam da aprovação de dois terços do Parlamento turco.

Erdogan tinha prometido uma “presidência ativa”, utilizando todas as funções do cargo, como a possibilidade de convocar e presidir reuniões do Conselho de Ministros.

Elogiado pelo carisma e criticado pela intempestividade, o homem forte da Turquia junta-se, com a vitória, ao fundador da República moderna e laica, Mustafa Kemal Atatürk, no rol dos dirigentes mais emblemáticos do país.

Na liderança do governo turco nos últimos 11 anos, Erdogan anunciou a intenção de continuar no poder pelo menos até 2023, quando se comemora o centenário da fundação da República Turca, e prometeu colocar o país no clube das dez maiores economias do planeta.

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