tragédia humanitária

Israel mantém ataques a Gaza, um dia depois de ONU alertar para ‘ultraje moral’

EFE/Oliver Weiken Corpo de menina de 8 anos é retirado de escombros após novo ataque de Israel São Paulo – Uma menina de oito anos morreu e outras 30 pessoas […]

EFE/Oliver Weiken

Corpo de menina de 8 anos é retirado de escombros após novo ataque de Israel

São Paulo – Uma menina de oito anos morreu e outras 30 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira (4) em um ataque israelense contra um campo de refugiados de Shati, na Cidade de Gaza, pouco após entrar em vigor uma trégua humanitária anunciada por Israel ontem.

De acordo com Ashraf al Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, o ataque aconteceu minutos depois das 10h da manhã (horário local, 4h de Brasília), hora na qual Israel disse que tinha suspendido suas atividades ofensivas na faixa durante sete horas. O ataque atingiu a casa da família Bakri, onde morreu uma das filhas e outras 30 pessoas ficaram feridas.

Uma hora depois, Israel também atacou uma casa no campo de Nusseirat, no coração de Gaza, onde houve um número indeterminado de feridos, segundo o porta-voz. O cessar-fogo foi declarado de forma unilateral por Israel, sob alegação de assim possibilitar à população de Gaza receber provisões.

O Exército israelense anunciou que o cessar-fogo duraria sete horas em grande parte da Faixa de Gaza, mas que não se aplicaria em diversas áreas da cidade de Rafah (no Sul do território), na fronteira com o Egito, onde os militares israelenses continuam sua ofensiva contra militantes do grupo islamita palestino Hamas.

O anúncio do cessar-fogo veio horas depois de as forças israelenses bombardearem uma escola da ONU para refugiados palestinos em Rafah, no qual morreram pelo menos dez civis. O ataque foi qualificado como “um ultraje moral e um ato criminoso”, pelo secretário-geral das Nações Unidas, o coreano Ban Ki-moon, em comunicado divulgado por seu porta-voz, no qual também lamenta “outra grave violação da lei humanitária internacional”.

O diplomata ressaltou que os refúgios da ONU devem ser zonas seguras e lembrou que “informou repetidamente às Forças Armadas de Israel o local dessas instalações”.