reconciliação

Farc pedem que colombianos deixem ódio para trás ao iniciar diálogo

Processo de paz colombiano entra no 27º ciclo de conversas, após ter alcançado acordos parciais prévios nos três primeiros dos cinco pontos que compõem a agenda de negociação

Agência EFE

Farc retomam negociações para terminar com o conflito armado e reparar vítimas

Havana – As Farc pediram nesta terça-feira (12) para que todos os colombianos “deixem para trás” os sentimentos de ódio e de vingança e se colocou a favor de uma reconciliação, no momento em que começou na cidade de Havana, em Cuba, a discussão entre a guerrilha e o governo sobre as vítimas do conflito.

“Estamos abrindo esse debate e este assunto é muito importante porque ele vai nos entregar as chaves para abrir o caminho rumo à reconciliação da família colombiana”, afirmou o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e chefe negociador da guerrilha, Ivan Márquez.

Após um recesso de várias semanas, as delegações de paz da guerrilha e do governo colombiano retomaram hoje as negociações em Cuba, onde começarão a abordar o quarto dos cinco pontos da agenda para terminar com o conflito armado, relacionado ao reconhecimento e reparação às vítimas.

Ivan Márquez, apelido do guerrilheiro Luciano Marín Arango, advertiu que nesta nova fase do processo de paz todos os colombianos terão que “dispor de espírito para a humildade, para escutar, para o perdão.”

“É preciso deixar para trás os sentimentos de ódio e de vingança se queremos ter a pátria em paz”, disse o chefe guerrilheiro, que lidera o grupo negociador dos insurgentes desde o começo dos diálogos de paz, em novembro de 2012.

Os negociadores do governo de Juan Manuel Santos, liderados pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não deram declarações ao chegar no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente dos diálogos.

O processo de paz colombiano entra no 27º ciclo de conversas, após ter alcançado acordos parciais prévios nos três primeiros dos cinco pontos que compõem a agenda de negociação: terras e desenvolvimento rural, participação política e drogas e cultivos ilícitos.

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