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EUA e Israel voltam à carga em dia de retomada de conflitos no Oriente Médio

Obama autoriza bombardeios em solo iraquiano após três anos da retirada de tropas estadunidenses; em Gaza, fim do cessar-fogo humanitário lleva a mais mortes

Paul Card/ US Army

Porta-aviões norte americano prepara operações de bombardeio contra alvos sunitas no norte do Iraque

São Paulo – Em novos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na madrugada de hoje (9), cinco palestinos morreram e pelo menos dez ficaram feridos. As Forças de Defesa de Israel atacaram 30 alvos em território palestino, e cerca de 25 foguetes lançados pelas milícias palestinas atingiram Israel ontem (8), primeiro dia do fim do cessar-fogo humanitário negociado pelo Egito. De acordo com o Hamas, os bombardeios israelenses atingiram casas, mesquitas, armazéns e centros de treinamento.

Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, foram mortos 1.902 palestinos e cerca de 10 mil outras pessoas ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde no território. Além disso, de acordo com o Ministério de Assuntos Religiosos da Palestina, as forças de Israel já destruíram 63 mesquitas. Já em Israel, houve aproximadamente 500 feridos e, dos 67 mortos, 64 eram militares.

As Forças Armadas de Israel informaram, em comunicado, o ataque de cerca de 100 “alvos terroristas em Gaza, incluindo lugares onde se desenvolve a atividade terrorista, centros de comando e controle e armazéns de armas” desde ontem. Durante o cessar-fogo, as reivindicações do Hamas de suspensão do bloqueio sobre a Faixa de Gaza, libertação de presos palestinos e construção de porto e de aeroporto no território palestino foram ignoradas pelo governo israelense, que se recusa a interromper a ofensiva enquanto o grupo armado não suspender seus ataques.

Iraque

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje (9) que continuará com os ataques do governo norte-americano ao grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EI) no norte de Israel e no Curdistão. Segundo Obama, os bombardeios, que tiveram início ontem (8), têm como finalidade “proteger a população da ameaça jihadista”. Desde junho, o EI permanece no controle de Sinjar e de Mossul, segunda maior cidade do Iraque, e tenta ampliar seu califado no norte do país.Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o cenário de crise humanitária resultou no refúgio de cerca de 120 mil pessoas.

As ofensivas aéreas se deram em duas rodadas: na primeira foram lançadas bombas de 230 quilos contra a artilharia dos jihadistas, próximo à cidade de Erbil, capital do Curdistão, em que vivem militares norte-americanos. Logo após, o pentágono confirmou também o uso de drones e aviões para atacar “posições terroristas de lançamento de morteiros” e um comboio de sete veículos na região.

O presidente da França, François Hollande, declarou hoje (9) que apoiará a ação do estado norte-americano no Iraque e disse que o país acionará a União Europeia para “fornecer com urgência a assistência que a população do norte do Iraque necessita”. De acordo com o Pentágono, aviões dos Estados Unidos jogaram pacotes com água e alimentos para os civis refugiados no norte do país.

 

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