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União Europeia pede cessar-fogo a Israel e Palestina

Em um relatório, a Liga Árabe pede à comunidade internacional a adoção das medidas necessárias para pôr fim aos bombardeios e proteger os palestinos

efe

A ofensiva israelense ‘Limite Protetor’ contra Gaza matou 172 palestinos durante bombardeios por ar e mar

São Paulo – A União Europeia (UE) pediu nesta segunda-feira (14) à israelenses e palestinos fazerem um cessar-fogo “imediato”, quando se completa uma semana da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza. A Liga Árabe solicitou, também hoje (14), à comunidade internacional que atue com rapidez para pôr fim à ofensiva militar israelense.

“Condenamos o fogo indiscriminado em Israel por grupos militantes na Faixa de Gaza e, obviamente, deploramos o número crescente de vítimas civis em Gaza causado por disparos do território israelense”, disse a porta-voz comunitária das Relações Exteriores da UE, Maja Kocijancic, em entrevista coletiva. A porta-voz afirmou também que a UE “está acompanhando os eventos no terreno com grande preocupação e estamos atualmente consultando nossos parceiros em vários níveis”.

“Dissemos muito claramente que a segurança sempre deve ter uma importância primordial”, enfatizou, e lembrou que “pedimos a todas as partes que mostrem máxima contenção para evitar que haja vítimas e voltar à calma”. Kocijancic declarou: “Estamos em contato com as partes na região para que façam todo o possível para conseguir um cessar-fogo imediato”.

A representante disse que a UE também está em contato com os Estados-membros, e confirmou que espera que o assunto seja discutido no Conselho de Ministros das Relações Exteriores comunitário, previsto para a próxima terça-feira (15).

Liga Árabe

Em um relatório, a Liga Árabe pede a adoção das medidas necessárias para pôr fim aos bombardeios, proteger os palestinos e apoiar os esforços para cumprir com os termos do acordo assinado em 2012 entre palestinos e israelenses, que levou a um cessar-fogo após a anterior operação “Pilar Defensivo” em Gaza.

Os ministros árabes de Relações Exteriores devem manter uma reunião de urgência para analisar a situação na Faixa, sete dias depois que começou a operação israelense “Limite Protetor” nessa zona.

O relatório, que será apresentado nesse encontro, sustenta a necessidade de que a ONU e os Estados Unidos pressionem Israel para que “respeite seus compromissos anteriores e crie as condições que permitam um ambiente de negociação que leve a finalizar sua ocupação”. O documento também adverte sobre o “risco da falta de seriedade e de ações da comunidade internacional para pôr fim à ofensiva israelense e a grave deterioração da situação nos territórios palestinos ocupados”.

Além disso, a organização considera que os bombardeios sobre a Faixa são uma “questão que não se pode silenciar e que requer a intervenção da comunidade internacional através de instituições humanitárias e jurídicas para proteger o povo palestino da violência”.

O relatório aponta que os palestinos estão sofrendo a destruição de seus bens e casas, e sendo alvo de sequestros, ameaças e disparos de Israel como “castigo aos parentes dos presos que estão em greve de fome nas prisões israelenses”. A Liga Árabe alerta sobre a continuação dos assentamentos judaicos e os “obstáculos israelenses que tentam impedir as autoridades palestinas de controlar parte do território ocupado”, o que dificulta qualquer solução ao conflito.

“Israel está realizando um genocídio contra gente indefesa utilizando sua poderosa maquinaria militar e lançou mais de 2 mil toneladas de explosivos sobre Gaza”, a um ritmo de um ataque a cada quatro minutos, acrescentou o relatório, que aponta que a maioria das vítimas são crianças, mulheres e idosos.

Conflito

Hoje se completam sete dias da operação militar israelense Limite Protetor contra Gaza, na qual 172 palestinos morreram e 1.154 ficaram feridos durante os bombardeios por ar e mar.

Em Israel, os foguetes lançados pelas Brigadas “Ezedin al-Qassam”, braço armado do Hamas, e outras milícias palestinas, deixaram entre 10 e 15 feridos, dois deles gravemente e, os outros, levemente.

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