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Com 119 mortes e 500 feridos, Gaza vive dia mais sangrento da ofensiva israelense

De acordo com Agência Efe, total de mortos chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, incluindo mulheres e crianças

MOHAMMED SABER/efe

Palestina pede a ONU que pressione instituições internacionais para que enviem ajuda de emergência

São Paulo – As Forças Armadas de Israel mataram nesta quarta-feira (30) 119 palestinos e feriram mais de 500 na Faixa de Gaza, informaram hoje (31) agentes humanitários em território palestino. Com esses números, a quarta-feira se tornou o dia mais sangrento desde o início da atual ofensiva militar israelense. A informação do número de mortos foi confirmada pela rede Aljaazera e pela Agência Efe.

O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, especificou que os dois episódios mais graves ocorreram quando o Exército israelense atingiu uma escola gerida pela ONU no norte da Faixa de Gazw e um mercado na capital.

“20 pessoas morreram nos ataques de tanques contra o colégio Abu Hussein em Jabalya, e outras 20 no mercado público de Shayaia”, esclareceu Qedra, antes de afirmar que “mais de 20 corpos foram retirados dos escombros no sul da Faixa de Gaza”.

De acordo com informações da Agência Efe, o total de mortos desde o início da ofensiva israelense, que começou em 8 de julho, chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, inclusive mulheres e crianças.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, declarou hoje (31) a Faixa de Gaza como “área de desastre humanitário” e pediu à comunidade internacional para proteger e dar assistência à região devastado pela ofensiva israelense.

O dirigente palestino acusa Israel de cometer crimes de guerra e aconselha a ONU a pressionar as instituições internacionais para que enviem ajuda de emergência à Faixa. “Israel, a potência ocupante, continua invocando de maneira falaciosa o direito à autodefesa para justificar sua campanha criminosa contra o povo palestino”, diz a carta.

ONU

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, criticou os EUA por fornecer armamento ao Exército israelense e não se esforçar para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza.

“Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem”, disse Pillay em entrevista coletiva, na qual falou da ajuda financeira e a entrega de armas dos EUA a Israel.

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