nesta quinta

Dilma e Bachelet vão assinar acordo para troca de informações sobre ditaduras

Presidenta chilena será recebida em Brasília e, após a reunião, segue com Dilma para a abertura da Copa no Itaquerão

efe

Bachelet, amiga pessoal de Dilma, também foi perseguida pelos agentes da ditadura

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff receberá amanhã (12) a presidente do Chile, Michelle Bachelet, para uma reunião privada em Brasília. Em seguida, elas viajarão juntas para a cidade de São Paulo para assistir à cerimônia de abertura da Copa do Mundo 2014 e a partida entre Brasil e Croácia, na Arena Corinthians, o Itaquerão.

Fontes oficiais confirmaram ontem à Agência EFE que na reunião, que deve durar uma hora, as presidentes assinarão um acordo para facilitar a troca de informação sobre violações de direitos humanos registradas nos países durante as ditaduras.

O acordo começou a ser negociado imediatamente depois da posse de Bachelet, em 11 de março.

Logo depois, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, visitou em Brasília o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, para começar a negociar os termos do acordo.

Muñoz ressaltou durante essa visita que “os direitos humanos são fundamentais para os dois governos” e assinalou o “valor simbólico” de tanto Dilma como Bachelet, além de serem amigas pessoais, terem sido perseguidas pelas ditaduras.

A ditadura no Brasil foi de 1964 a 1985, e o Chile viveu sob a ditadura do general Augusto Pinochet de 1973 a 1990.

O chanceler chileno disse que seu país “acumulou muitos dados sobre a repressão”, que incluem informações sobre brasileiros detidos após o golpe que derrubou o presidente Salvador Allende.

Em São Paulo, antes do jogo, Dilma oferecerá um almoço para um grupo de líderes e autoridades convidadas. Estão confirmadas as presenças do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e dos presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Equador, Rafael Correa; do Paraguai, Horacio Cartes; do Uruguai, José Mujica, e do Suriname, Desi Bouterse.

Também estarão presentes os presidentes de Angola, José Eduardo dos Santos; e do Gabão, Ali Bongo; o vice-presidente de Gana, Kwesi Bekoe Amissah-Arthur; o emir do Catar, At-Ta’mim bin Hamad Al- Thani, e o primeiro-ministro da Croácia, Zoran Milanovic.