crise econômica

Argentina: decisão da Justiça dos EUA pode impedir pagamento de dívidas

País tem de pagar US$ 900 milhões até o próximo dia 30

O governo da Argentina emitiu nota informando que uma decisão da Justiça dos Estados Unidos pode impedi-lo de honrar seus compromissos de US$ 900 milhões no dia 30 deste mês. Isso pode significar que o país poderá dar um novo calote na dívida. O último calote ocorreu em 2001, quando a Argentina enfrentou a pior crise econômica.

Quando saiu da última crise, os argentinos propuseram aos credores quitar os débitos com 60% de desconto. Na época, 93% aceitaram o acordo e têm recebido os pagamentos em parcelas. No entanto, os 7% restantes não aceitaram renegociar e recorreram à Justiça norte-americana e ganharam.

A Suprema Corte dos Estados Unidos não aceitou o apelo do governo argentino para rever as decisões dos tribunais de primeira e segunda instância, favoráveis aos chamados “fundos abutres”, que compraram títulos “podres” da dívida, com descontos e depois recorreram à Justiça para receber o valor total.

Se a Argentina tiver pagar o valor total, terá de desembolsar US$ 15 bilhões, mais da metade das reservas do Banco Central.

A presidenta Cristina Kirchner disse que vai encontrar uma forma de pagar os credores que aceitaram renegociar a dívida.

No último dia 17, o ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, disse que o país tentará fazer uma nova troca de títulos da dívida pública sob a lei argentina para assegurar o pagamento aos detentores de papéis reestruturados.

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