Consenso

Unasul irá se reunir terça no Chile para tratar da crise na Venezuela

Encontro, solicitado por Nicolás Maduro, aproveita presença de presidentes na cerimônia de posse de Michelle Bachelet. Dilma Rousseff está confirmada

MIGUEL GUTIÉRREZ/EFE

Manifestantes contrários a Maduro promovem barricadas em Caracas. Ao menos 19 mortos em um mês

Caracas – A situação política na Venezuela será tratada pelos chefes de Estado e chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) nesta terça-feira (12), em Santiago, adiantou o presidente do Equador, Rafael Correa. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, também confirmou a realização do encontro, que irá aproveitar a cerimônia de posse de Michelle Bachelet. A presidenta Dilma Rousseff está confirmada.

“Finalmente vai acontecer uma reunião de presidentes da Unasul, finalmente vai acontecer uma reunião de chanceleres da Unasul, mas para termos essa iniciativa, primeiro consultamos o governo venezuelanos por elementar cortesia”, disse Correa em entrevista a uma emissora de TV. O encontro havia sido solicitado pela Venezuela, conforme confirmou o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, em Caracas.

O presidente equatoriano não forneceu mais detalhes, mas garantiu que seu governo vai contribuir para buscar uma solução na Venezuela com base na verdade dos fatos. “Nós vamos tomar partido sobre a verdade e a verdade é que o governo legítimo da Venezuela é o perseguido, que Nicolás Maduro é humanista e que jamais vai ser capaz de reprimir seu próprio povo, e que tentam desestabilizá-lo”, acrescentou.

Jaua afirmou em entrevista à Telesur que no encontro serão feitas “a análise, as causas e consequências dessa nova agressão contra a democracia venezuelana”. O chanceler venezuelano apostou que “com certeza sairá uma declaração”. Ontem, países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e da Comunidade do Caribe conseguiram evitar a convocação de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o envio de uma missão para discutir a crise venezuelana, duas sugestões repudiadas por Maduro.

“Estamos dispostos a trabalhar conjuntamente com a Unasul num maior aprofundamento do diálogo entre os venezuelanos, a partir dos venezuelanos, para conseguir a estabilidade política e definitivamente erradicar a ameaça que significam esses grupos violentos, que de tempo em tempo, arremetem contra a institucionalidade democrática da Venezuela e contra os valores democráticos  da região sul-americana”, disse.

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