Ucrânia

Assembleia Geral da ONU aprova resolução contra anexação da Crimeia à Rússia

Sergei Ilnitsky/EFE Ex-soldados da Ucrânia ingressam nas forças armadas da Rússia: para Assembleia, ação ilegal São Paulo – A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (27) […]

Sergei Ilnitsky/EFE

Ex-soldados da Ucrânia ingressam nas forças armadas da Rússia: para Assembleia, ação ilegal

São Paulo – A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (27) uma resolução que classifica o referendo da Crimeia como inválido. A aprovação do texto ocorreu com 100 votos a favor, 11 contra e 58 abstenções. De acordo com a Assembleia, a consulta popular do último dia 16 na península da Crimeia “não tem validade” porque “não foi autorizada” pelo governo da Ucrânia.

“Afirmamos nosso compromisso com a soberania, a independência política, a unidade e a integridade territorial da Ucrânia a partir de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente”, argumenta o documento. Diferentemente do Conselho de Segurança, onde a Rússia tem poder de veto, as resoluções da Assembleia Geral não são vinculantes, por isso a votação é simbólica.

A Crimeia pertencia à Rússia até 1954 e a maior parte de sua população fala russo. A volta da Crimeia à Rússia foi aprovada em referendo por 96,7% da população local, depois que o Parlamento da região que era autônoma a Kiev rejeitou o novo governo da Ucrânia, instituído com a derrubada de Viktor Yanukovich, mais ligado à Rússia do que à União Europeia.

Eleições na Ucrânia

O governo interino marcou eleições presidenciais para 25 de maio e a ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko anunciou hoje que concorrerá, dizendo-se capaz de devolver a Crimeia à Ucrânia. “Devo concorrer ao posto de presidente da Ucrânia”, disse Tymoshenko, em entrevista coletiva em Kiev.

A política também anunciou que no sábado, dia 29, pedirá no congresso do partido Batkivschina (Pátria) que apresente sua candidatura à chefia do Estado. “Sem exagero, se lembrarem minha vida política, sou talvez a única pessoa em meu partido que mostrou como se deve acabar com a corrupção… tenho o direito moral de dizer que lutarei contra a corrupção”, ressaltou, sobre um dos principais pleito das manifestações no país, iniciadas em novembro.

Tymoshenko, que passou mais de dois anos na prisão por abuso de poder e foi libertada após a saí de Yanukovich do país, afirmou ainda que será “a candidata da unidade”. “Considero Vladimir Putin o inimigo número 1 da Ucrânia”, acrescentou.

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