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Venezuela agradece solidariedade internacional após atos de violência

O chanceler venezuelano, Elías Jaua, falou que líderes de Brasil, Equador, Argentina, Nicarágua e Cuba telefonaram

EFE

O chanceler alertou que setores da direita promoveram episódios violentos para expandir o caos

São Paulo – Um dia após a Venezuela viver episódios de forte violência, originados durante uma manifestação convocada pela oposição, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, agradeceu hoje (13) demonstrações de solidariedade de outros governos e movimentos sociais da América Latina. Ontem, pelo menos três pessoas morreram e 66 ficaram feridas.

“Quero agradecer os telefonemas de solidariedade que estamos recebendo desde a noite de ontem, dos chanceleres, dos governos da América Latina, do Equador, da Argentina, do Brasil, da Nicarágua, de Cuba (…) se solidarizando com o povo venezuelano com a democracia venezuelana”, afirmou Jaua em entrevista à rede multiestatalTelesur. “Em nome do presidente Nicolás Maduro e do nosso povo, [envio] o maior agradecimento a quem, por cima do cerco mediático em torno da Venezuela, sabe qual é a verdade que a Venezuela está enfrentado (…) um grupo fascista”.

Além disso, o chanceler alertou que, hoje, setores da direita, liderados pelo ex-prefeito de Chacao e líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, promoveram episódios violentos para expandir o caos, com o intuito de incitar um pronunciamento de algum setor militar, repetindo, dessa forma, o esquema do golpe de Estado de 11 de abril de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.

Nesta quinta, a justiça venezuelana aceitou pedido do Ministério Público e emitiu ordens de captura contra López e Iván Carratú Molina e Fernando Gerbasi, respectivamente vice-almirante aposentado e ex-diplomata, acusados de envolvimento nos atos de violência. Em coletiva de imprensa, López culpou diretamente Maduro pelos assassinatos. “Poderão prender todos nós, mas essa onda está crescendo. Saiba, senhor Maduro, seguirá crescendo até atingir seu objetivo”.

“Já chegamos numa situação na qual o Estado está obrigado a atuar com justiça, no marco da lei e da Constituição, mas atuar para fazer frente a esse grupo violento, fascista, cheio de ódio, que frequentemente provoca o luto no povo venezuelano, em seu falido afã de deter o que não podem deter: a vitoriosa revolução bolivariana”, afirmou.

Jaua garantiu que as manifestações convocadas em Caracas por estudantes chavistas e de setores da oposição se desenvolveram com tranquilidade, resguardadas pelas forças de segurança, mas, quando a marcha convocada pela oposição havia terminado, López teria divergido um grupo “bem treinado” à sede da Promotoria Geral, no centro da capital venezuelana. “Assim que foi embora, foi iniciado um ataque coordenado e massivo contra a Promotoria e seu pessoal”, indicou.

Nesse contexto, falou, aconteceram os disparos com armas de fogo. Juan Montoya, líder de um coletivo do bairro 23 de Enero, bastião chavista da capital e Basil Da Costa, que, segundo a imprensa local, é um estudante, foram mortos na região. Outra pessoa morreu ontem no município de Chacao.


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