Unasul condena manifestações violentas na Venezuela

O organismo multilateral afirma que preservação da institucionalidade democrática é pilar fundamental do processo de integração

Agência EFE

‘Infiltrados querem causar destroços em Chacao para culpar os estudantes’, afirmou prefeito da cidade

Em comunicado divulgado na noite de ontem (15), a União das Nações Sulamericanas (Unasul) manifestou repúdio aos recentes atos violentos ocorridos na Venezuela, referindo-se aos danos materiais e perdas humanas causadas pelos protestos que ocorrem no país há quatro dias.

“A Unasul rejeita os recentes atos violentos na Venezuela e a intenção de desestabilizar a ordem democrática constituída legitimamente pelo voto popular. Também expressa solidariedade às famílias das vítimas”, diz o comunicado.

O organismo multilateral também lembrou que “a preservação da institucionalidade democrática é um pilar fundamental do processo de integração nacional”. No texto, a Unasul recomenda que as forças políticas e sociais do país “priorizem a busca do diálogo para a solução pacífica das diferenças”.

Além do bloco, outros países se manifestaram neste fim de semana sobre os acontecimentos na Venezuela. Estados Unidos, Equador, Bolívia e Chile enviaram mensagens ao governo venezuelano. O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que os Estados Unidos estão “profundamente preocupados pelas crescentes tensões e violência na Venezuela”.

Kerry pediu que o governo de Nicolás Maduro deixasse em liberdade todos os manifestantes que haviam sido detidos e pediu que as partes “trabalhem para restaurar a calma e evitar a violência”.

A Promotoria venezuelana informou neste sábado que das 99 pessoas que estavam sob seu controle após as manifestações que acontecem no país desde quarta-feira passada, 73 foram libertadas, 13 estão detidas e os demais estão pendentes de serem apresentadas a um tribunal.

O Ministério Público assinalou que “foram outorgadas outras 48 medidas cautelares a favor de cidadãos acusados, após sua participação em fatos de violência nos dias 12 e 13 de fevereiro” em vários estados do país e na área metropolitana de Caracas, que se somaram a outras 25 que tinham sido emitidas até ontem.

“Cabe lembrar que à ordem do Ministério Público só foram postas 99 pessoas, das quais apenas 13 foram privadas de liberdade em virtude da gravidade das ações”, informou o organismo em comunicado.

A oposição venezuelana informou a libertação de 112 pessoas que foram detidas desde quarta-feira passada após as manifestações que culminaram com fatos de violência, destacando que ainda restam 47 jovens detidos em vários estados do país, a maioria deles estudantes universitários, segundo disse a dirigente opositora Delsa Solórzano à Agência Efe

A Chancelaria chilena enviou condolências ao povo venezuelano e ao governo, em especial às famílias das vítimas dos atos violentos. “Apesar das dificuldades, o governo [chileno] confia  no rápido esclarecimento dos fatos, com plena garantia do devido processo”, pontua o comunicado.

Rafael Correa, presidente do Equador, também falou nesse sábado sobre a violência dos protestos na Venezuela. Em seu programa de rádio e televisão, ele disse que a “ultradireita usa como estratégia envenenar a alma das pessoas”, referindo-se aos acontecimentos na Venezuela.

Com informações da Telesur

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