em havana

Farc convidam Maradona e outros jogadores para disputar jogo pela paz em Cuba

Grupo propôs que participem também o paraguaio José Luis Chilavert, o chileno Ivan Zamorano, o equatoriano Álex Aguinaga e o boliviano Marco Antonio Etcheverry, entre outros

Wikimedia Commons

O convite se estendeu a ex-futebolistas como o paraguaio José Luis Chilavert e o chileno Ivan Zamorano

Havana – As Farc convidaram hoje (2) o astro argentino Diego Armando Maradona e outros famosos ex-jogadores latino-americanos para participar em Havana de uma partida com os negociadores da guerrilha em apoio ao processo de paz colombiano. “Vamos pedir ajuda a Maradona para que nos acompanhe, venha jogar conosco para que possamos finalmente alcançar uma paz que não existe há décadas”, disse, perante a imprensa o número dois do grupo armado colombiano e seu chefe negociador, Ivan Márquez, conhecido como Luciano Marín Arango.

Na semana passada, o ex-jogador colombiano Carlos Valderrama sugeriu aos meios de comunicação colombianos a possibilidade de um jogo de futebol com as Farc em favor da paz, uma proposta que foi aprovada pelas forças em carta divulgada no sábado (30).

“Acho que seria uma boa contribuição para o povo colombiano e também em nível internacional, já que brinda sem reservas o respaldo que necessitamos para encontrar a paz e a reconciliação da família colombiana”, disse Ivan Márquez.

O chefe do grupo armado propôs que nessa partida participem, além de Maradona, ex-futebolistas famosos como o paraguaio José Luis Chilavert, o chileno Ivan Zamorano, o equatoriano Álex Aguinaga e o boliviano Marco Antonio Etcheverry, entre outros.

Márquez assegurou que os negociadores das Farc já estão “treinando” para essa “crucial partida” que a guerrilha quer que seja disputada em Havana, embora antes tenha de falar com seus anfitriões cubanos para ver as possibilidades de realização.

Márquez fez estas declarações antes de uma nova jornada das negociações de paz com o governo de Juan Manuel Santos, atualmente centradas no debate do tema das drogas ilícitas.

A guerrilha colocou hoje perante a imprensa dez propostas mínimas sobre “política antidrogas para a soberania e o bom viver dos pobres do campo”. Concretamente, as Farc reivindicam que a política antidrogas da Colômbia seja “integral, soberana, democrática e participativa” e que seja orientada “aos pobres do campo e aos consumidores”.

Entre outros coisas, a guerrilha propõe a substituição dos usos ilícitos dos cultivos de coca, maconha e papoula mediante programas de desenvolvimento alternativo; a suspensão imediata de aspersões aéreas com substâncias como o glifosato; a desmilitarização das políticas antidrogas e o “não intervencionismo imperialista”.

As Farc também defendem que a política contra o flagelo das drogas desmonte as estruturas narcoparamilitares no país e que sejam perseguidos os envolvidos no processo econômico do narcotráfico.

Leia também

Últimas notícias