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Dilma, Lula, FHC, Collor e Sarney voam juntos para homenagear Mandela

Presidenta e antecessores participam da cerimônia fúnebre do líder sul-africano amanhã, em Johanesburgo

©roberto stuckert filho/pr

Dilma: exemplo de união ‘guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz’

São Paulo – Acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Collor (PTB) e José Sarney (PMDB), a presidenta Dilma Rousseff embarcou hoje (9) para Johanesburgo, na África do Sul, onde amanhã haverá a cerimônia fúnebre pela morte do líder Nelson Mandela, na quinta-feira (5). O evento será no estádio FNB de Soweto, onde foi disputada a final da Copa do Mundo de 2010. Cerca de 100 chefes de Estado e de governo estarão presentes.

Em sua conta no Twitter, Dilma disse ser uma honra poder reunir todos os ex-presidentes brasileiros vivos para homenagear Mandela.

“Estou viajando acompanhada dos ex-presidentes Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula para acompanhar os funerais do grande líder Mandela. É uma honra poder reunir todos os ex-presidentes num objetivo comum. O Estado brasileiro se une para honrar Mandela, exemplo que guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz. É uma demonstração de que as eventuais divergências no dia-a-dia não contaminam as posições do Estado brasileiro”.

Segundo o embaixador do Brasil na África do Sul, Pedro Carneiro de Mendonça, a presença de Dilma e dos ex-presidentes é a mais expressiva homenagem que o Brasil poderia oferecer ao líder sul-africano.

“O Brasil estará representado no mais alto nível pela presidenta da República, que vem acompanhada dos nossos quatro ex-presidentes. É, a meu ver, a mais expressiva homenagem que nosso país pode prestar a esse vulto de envergadura mundial que é Nelson Mandela. (…) É a homenagem que o Brasil presta à África do Sul, país com o qual tem relações tão especiais. (…) E é, como o Brasil, uma sociedade multirracial”, disse.

Dilma aparece em uma lista de governantes estrangeiros, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, que pronunciarão discurso na cerimônia, segundo o programa do ato divulgado pela presidência sul-africana.

Também falarão o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o vice-presidente chinês, Li Yuanchao, entre outros líderes mundiais, além de familiares de Mandela.

Além disso, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, chefe do governamental Congresso Nacional Africano (CNA), que já foi liderado por Mandela, protagonizará um dos principais discursos do evento.

Após a cerimônia, o caixão do ex-presidente desfilará pelas ruas de Pretória entre quarta-feira e sexta-feira para que os sul-africanos possam despedir-se de Mandela.
Também em Pretória, na sede do governo da África do Sul, ficará aberto o funeral de Mandela.

Falta estrutura

Já o funeral de Estado será no próximo domingo na pequena cidade de Qunu, no sudeste do país, onde Mandela cresceu e queria ser enterrado.

No entanto, o governo sul-africano recomendou hoje aos chefes de Estado e de governo que não estejam no funeral devido à falta de infraestrutura. “Ninguém será impedido de comparecer. No entanto, recomendamos não ir pela envergadura da operação e pelo tamanho das delegações devido à limitada infraestrutura na região”, declarou aos jornalistas o ministro sul-africano da Presidência, Collins Chabane, em Johanesburgo.

O local consegue abrigar apenas cinco mil pessoas. Segundo Chabane, citado pela agência de notícias sul-africana Sapa, não há capacidade para receber mais gente porque esse lugar se encontra em uma área pouco desenvolvida. O ministro ressaltou que os líderes estrangeiros deveriam “levar a recomendação muito a sério”.

Com informações do Blog do Planalto e EFE