Despedida

Dilma: ‘governo e povo brasileiros se inclinam diante da memória de Mandela’

Na África do Sul, presidenta exaltou a 'superioridade moral e ética' de Mandela, símbolo máximo da luta contra o apartheid, o regime de segregação racial

Marcelo Casall Jr.

A presidenta Dilma Rousseff levou os pesares de toda à América do Sul ao continente africano

São Paulo – Em cerimônia oficial de exéquias do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a presidenta Dilma Rousseff discursou hoje (10) afirmando que “os brasileiros, que carregam com orgulho o sangue africano nas veias, choramos e celebramos o exemplo deste grande líder que faz parte do grande panteão da humanidade”, e que o “governo e o povo brasileiros se inclinam diante da memória de Mandela”.

Dilma está entre os líderes escolhidos para discursar durante o funeral do ex-presidente sul-africano. A cerimônia com os chefes de Estado ocorre hoje (10), no estádio Soccer City, em Johannesburgo. Além de Dilma, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da Namíbia, Hifikepunye Pohamba; da Índia, Pranab Mukherjee; de Cuba, Raúl Castro, e o vice-presidente da China, Li Yuanchao, também discursaram na cerimônia.

A presidenta exaltou a “superioridade moral e ética” de Mandela, símbolo máximo da luta contra o apartheid, o regime de segregação racial. O ex-presidente morreu na quinta-feira (5). Mandela conquistou o respeito de adversários e críticos devido aos esforços em busca da paz. Ele foi o primeiro presidente negro da África do Sul, de 1994 a 1999, e recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.

“Ele soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção da nova África do Sul. Devemos reverenciar esta manifestação suprema de grandeza e de humanismo representada por Nelson Mandela. Sua luta transcendeu suas fronteiras nacionais e inspirou homens, mulheres, jovens e adultos a lutarem por sua independência e pela justiça social. Ele deixou lições não só para seu querido continente africano para todos aqueles que buscam paz, justiça e liberdade no mundo.”

A presidenta ainda levou os pesares de toda à América do Sul ao continente africano. “Trago o pesar de toda a América do Sul. Esta personalidade que conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea, o fim do apartheid na África do Sul.”

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