sete dias

Dilma confirma presença no funeral de Mandela e decreta luto

'Mandela teve a sabedoria de transformar esse sofrimento não em ódio, mas num combustível para recompor, para restaurar a dignidade de um povo', disse o ministro Gilberto Carvalho

Wikimedia Commons

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993, Mandela morreu aos 95 anos por complicações respiratórias

Brasília – O Brasil terá sete dias de luto, a partir de hoje (6), pela morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que será enterrado no dia 15 onde foi criado, na aldeia de Qunu, com honras de chefes de Estado. A presidenta Dilma Rousseff chega na véspera ao país, onde o luto de uma semana começa no domingo. Nesta sexta-feira, durante a cerimônia do sorteio final dos grupos da Copa do Mundo Fifa, na Costa do Sauípe (BA), a presidenta propôs um minuto de silêncio em homenagem a Mandela.

Após saber do ocorrido ontem (5), Dilma enviou um comunicado no qual lamentou a morte de Mandela e afirmou que seu exemplo “guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”.

O protocolo estabelecido pelo governo sul-africano estabelece que os chefes de Estado deverão participar dos atos em honra ao ex-governante no segundo sábado após sua morte.

Na quarta-feira (10) será realizada uma cerimônia nacional em memória do líder, no estádio de Soweto, em Johanesburgo. O corpo ficará exposto na sede da presidência, em Pretória, entre dias 11 e 13.

Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993, o ex-presidente morreu aos 95 anos, vítima de complicações respiratórias. A morte do líder foi anunciada pelo presidente sul-africano Jacob Zuma, em uma transmissão televisiva.

Tudo em esperança

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também lamentou hoje a morte de Mandela. Carvalho disse que o líder marcou a sua geração, é uma referência, além de ser uma pessoa que passou por sofrimento físico, discriminação e soube transformar tudo isso em esperança.

“Mandela teve a sabedoria de transformar esse sofrimento não em ódio, mas num combustível para recompor, para restaurar a dignidade de um povo”, disse o ministro no início da tarde no Palácio do Planalto.

Carvalho também disse que Mandela é uma inspiração política, e a morte dele dará mais energia para a luta contra as desigualdades sociais. “Acho que o Mandela é uma luz, uma estrela que se acende no céu para todos nós no sentido de que vale a pena fazer política quando você a faz para servir um povo, principalmente aqueles que são vítimas da exclusão, da discriminação.”