Cairo – Um estudante islamita morreu hoje (28) e outros quatro ficaram feridos nos enfrentamentos com a polícia após as manifestações realizadas na universidade de Al-Azhar, no Cairo.

Nos choques, um grupo de estudantes ateou fogo nas faculdades de Comércio e Agricultura, rapidamente controlado pelos bombeiros.

O saldo dos detidos aumentou para 101, e a polícia apreendeu uma pistola de balas de chumbo, rojões, coquetéis molotov e uma bolsa cheia de pregos, revelou o Ministério do Interior à agência oficial de notícias, “Mena”.

O Ministério, que classifica os detidos de “terroristas” por sua ligação com a Irmandade Muçulmana, informou também que a calma na região foi reestabelecida e que o período de provas, cujo período começou hoje, transcorreu com normalidade.

Já fontes da Universidade de Azhar disse que foram suspensos os controles de diversas disciplinas, informou “Mena”.

Estes protestos marcam o segundo dia da “semana da ira”, convocada pela Coalizão para a Defesa da Legitimidade – que engloba a Irmandade Muçulmana e outros grupos afins, dois dias depois de a confraria ser declarada pelo governo egípcio “grupo terrorista”.

Como resultado dos protestos de ontem, cinco pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas durante as manifestações realizadas em todo o país, que acabaram também com 265 detidos.

Há três dias o governo egípcio qualificou a Irmandade Mulçumana de “grupo terrorista”, o que criminaliza o envolvimento no grupo e a participação em seus protestos.

A decisão deu a justificativa jurídica que as autoridades para congelar as atividades de mais de mil associações de caridade por sua suposta vinculação com a Irmandade