Paralisação do governo dos EUA pode afetar economia mundial, diz Cameron

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© Stefan Rousseau / Efe

David Cameron, primeiro-ministro britânico, recomenda receita neoliberal a Obama

Londres – A paralisação dos serviços da administração federal dos Estados Unidos pode representar novos riscos para a frágil economia mundial, advertiu hoje (1º) o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

“É um risco para a economia mundial se os Estados Unidos não escolherem adequadamente os seus planos de despesa e de redução do déficit”, disse Cameron à Rádio BBC, depois de o Congresso dos Estados Unidos não ter conseguido chegar a acordo sobre o Orçamento, provocando a suspensão dos serviços federais.

A suspensão aplica-se a todos os serviços não essenciais. Significa que 800 mil funcionários públicos não vão trabalhar e que museus e parques nacionais permanecerão com suas atividades suspensas.

Segundo economistas, a paralisação da administração federal pode impactar negativamente o crescimento da maior economia mundial. “Penso que também deve chamar a atenção para a necessidade de um plano plurianual, de longo prazo, para baixar os déficits”, acrescentou Cameron.A paralisação das agências federais nos Estados Unidos ocorre pela primeira vez em 17 anos, depois de o Congresso não ter chegado a acordo para o acesso a fundos que mantivessem o governo ativo. A decisão pode levar milhares de pessoas ao desemprego.

Desligado

Cerca de dez minutos antes da meia-noite de ontem (30), a Casa Branca determinou às agências federais que iniciassem os procedimentos de paralisação, depois de constatado que o impasse sobre a proposta de Orçamento do governo americano se manteve sem solução.

Sylvia Mathews Burwell, responsável pelo Departamento de Administração e Orçamento na Casa Branca, chegou a apelar ao Congresso para agir rapidamente e aprovar uma solução para o problema.

O principal ponto de discórdia entre republicanos e democratas é o adiamento, pretendido pelos republicanos, da reforma da saúde, que o presidente Barack Obama se recusa a protelar. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse “ser desnecessário” que os Estados Unidos passem pelo problema de paralisação do governo federal.

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