Obama recebe líderes do Congresso para discutir paralisação

Impasse político acerca do Orçamento obriga presidente a cancelar viagem oficial à Malásia e às Filipinas

Jim Lo Scalzo / Efe

Funcionário fecha parque nacional por conta da paralisação parcial dos serviços públicos do governo americano

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receberá nesta quarta-feira (2) os principais líderes republicanos e democratas no Congresso para discutir a paralisação parcial da administração federal, que entrou hoje em seu segundo dia.

Segundo o “The Wall Street Journal” a reunião abordará também a questão do teto da dívida pública, cujo limite será atingido em 17 de outubro. Se não for alcançado um acordo entre o governo e o Congresso para aumentar o teto, o país sofrerá uma suspensão de pagamentos.

Por conta da paralisação de parte dos serviços públicos, a Casa Branca anunciou hoje o cancelamento da viagem do presidente norte-americano, Barack Obama, à Malásia e às Filipinas – as duas últimas etapas de uma jornada diplomática à Ásia. Osecretário de Estado do país, John Kerry, foi designado para viajar aos dois países representando Obama. “Logisticamente, não foi possível avançar com essas viagens perante a paralisação da administração federal”, afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

O deslocamento à Malásia e às Filipinas do líder norte-americano estava inserido em uma breve viagem à região asiática por ocasião de dois encontros internacionais: o Fórum de Cooperação Econômica Ásia/Pacífico (Apec), que começa na próxima segunda-feira (7) em Bali (Indonésia), e a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) no Brunei. A porta-voz do governo indicou que as duas visitas serão oportunamente reagendadas.

Sem um acordo orçamental entre os democratas de Obama e a oposição republicana, que detém a maioria na Câmara de Representantes (Câmara Baixa do Congresso norte-americano), os Estados Unidos enfrentam desde ontem (1º), dia do início de um novo ano fiscal, uma paralisação parcial dos serviços da administração federal.

Cerca de 800 mil funcionários considerados não essenciais, num total superior a 2 milhões, foram colocados em licença não remunerada. A situação também obrigou o fechamento de parques nacionais, museus e monumentos públicos, como foi o caso da famosa Estátua da Liberdade, em Nova York. A última paralisação parcial dos serviços federais ocorreu em janeiro de 1996 e durou 21 dias.

Com Efe e ABr

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