ONU

‘Vitória militar é ilusão’, diz Ban Ki-moon sobre intervenção na Síria

Para secretário geral das Nações Unidas, Conselho de Segurança tem de evitar conflito e priorizar ajuda humanitária

©andrew gombert/efe

Discurso de secretário geral também lembrou dos Objetivos do Milênio

São Paulo – O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu a fase de discursos da 68ª Assembleia Geral da ONU hoje (24) pedindo o fim da violência na Síria através de vias políticas e diplomáticas.

“Já disse reiteradas vezes que a vitória militar é uma ilusão”, disse o dirigente, apelando para os esforços em prol do sucesso da rodada de negociações chamada Genebra 2, que tentará selar um acordo de paz entre governo sírio e opositores. Ele exortou para que as partes “sentem à mesa de negociação” para “encerrar o derramamento de sangue”.

O dirigente pediu também para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprove uma resolução para evitar o conflito, “seguida de ação humanitária”. Ele elogiou a iniciativa de desarmamento de armas químicas aceita pela Síria, mas alertou que o governo Al Assad “deve cumprir imediatamente as obrigações assumidas”.

O chefe da ONU pediu a todos os países-membros para que interrompam o fluxo de armas convencionais ao país, as responsabilizando pelas mais de 120 mil mortes no confronto, que já dura dois anos. Também pediu a libertação dos “milhares de prisioneiros” detidos desde o início do conflito armado no país.

Sobre as negociações entre Israel e Palestina, Ban também saudou a retomada das conversas entre as partes, mas alertou que “a janela está se fechando rapidamente” para o sucesso da solução de dois Estados.

Antes de falar da Síria, Ban cobrou dos países para que atinjam parte dos resultados dos Objetivos do Milênio, série de metas para combater a pobreza , as mudanças climáticas e a degradação global do meio ambiente, cuja meta é 2015.

Ele afirmou que o esforço das nações passa também “pelo esforço do setor privado. Companhias devem esta prontas para fazerem o que sabem melhor: criar empregos”, mas que elas devem agir sobre a ética e responsabilidade, “fazendo todo o possível para proteger o meio ambiente” no processo.

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