Dilma chega a São Peterburgo para Cúpula do G20

Rússia

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff chegou por volta das 13h30 (20h30 no horário local) de hoje (3) em São Petersburgo, na Rússia, onde participará da 8ª Cúpula do G20, grupo de países que reúne as maiores economias mundiais. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, o assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, integram a comitiva de Dilma, que não tem compromissos oficiais amanhã (4).

A organização do G20 informou que o foco das atenções da cúpula será o debate sobre o crescimento econômico e a estabilidade financeira, assim como a criação de empregos de qualidade e o combate ao desemprego. Porém, o agravamento da crise na Síria também deve entrar em debate. No sábado passado (31), o presidente norte-americano, Barack Obama, informou que os Estados Unidos estão prontos para atacar a Síria. Ele disse, no entanto, que aguardará o apoio do Congresso para iniciar a ação militar.

Além desses assuntos, será o primeiro encontro entre Dilma e Obama desde as recentes denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, envolvendo a invasão de dados particulares da presidenta brasileira e de seus assessores. O assunto também deve ser tratado em reuniões que Dilma terá, na quinta e na sexta-feira (dia 5 e 6), com os demais presidentes do Brics, bloco formado pela Rússia, Índia e China e África do Sul, além do Brasil.

Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços para Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA), principal responsável pelas denúncias de espionagem do governo norte-americano, está na Rússia desde 23 de junho, quando chegou ao aeroporto de Moscou. Depois de quase 40 dias no aeroporto, ele recebeu asilo da Rússia.

Ontem (2), o ministro brasileiro das Relações Exteriores convocou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de espionagem e cobrou explicações “formais e por escrito” dos norte-americanos, até o final desta semana. Para o chanceler, a violação é “inconcebível e inaceitável” sob o ponto de vista da soberania brasileira. “Esse tipo de prática é incompatível com a parceria estratégica entre os países. O governo brasileiro quer prontas explicações”, disse em entrevista coletiva.

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