União Europeia mostra preocupação com Egito e quer acordo para encerrar crise

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Bruxelas – A União Europeia demonstrou preocupação com o fracasso das conversas para acabar com os protestos dos seguidores do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, anunciado hoje (7) pelo presidente interino egípcio, Adli Mansour, e exigiu que todas as partes busquem uma solução pacífica para a atual situação.

“Estamos muito preocupados com as últimas informações”, disse à EFE o porta-voz comunitário das Relações Exteriores, Michael Mann, que lembrou que a União Europeia está presente na região e em contato com todas as partes. O principal encarregado da mediação europeia é o espanhol Bernardino León, enviado especial para o Mediterrâneo Sul.

A presidência egípcia anunciou em comunicado oficial hoje que encerrou os esforços diplomáticos para acabar com os acampamentos de protesto de apoiadores de Mursi.

“Hoje terminaram os esforços diplomáticos para dar a oportunidade adequada aos da Irmandade Muçulmana de renunciarem à violência”, afirma a nota, que destaca que a mediação não teve sucesso, “apesar ao apoio total do governo”.

Pouco depois, em uma declaração na TV, o primeiro-ministro egípcio, Hazem el Beblaui, pediu aos seguidores de Mursi que abandonem “rapidamente” os acampamentos no Cairo e assegurou que não haverá “marcha ré” na decisão de dissolvê-las, alertando que o uso de armas por qualquer pessoa além da polícia será rebatido com “a mais severa força”.

As autoridades advertiram em várias ocasiões que desmantelariam à força os acampamentos nas praças de Rabea al Adauiya e de Al-Nahda, no Cairo, onde os islamitas estão acampados desde que Mursi foi deposto pelo Exército em três de julho.

O presidente egípcio lembrou que permitiu aos enviados dos Estados Unidos, da UE, dos Emirados e do Catar visitarem o local dos protestos e falar com seus responsáveis para conhecer a situação, além de “cobra que a Irmandade Muçulmana assuma sua responsabilidade nacional”.

E ainda culpou a Irmandade Muçulmana, grupo de Mursi até chegar à chefia de Estado, do fracasso dos esforços diplomáticos para resolver a crise de forma pacífica e solicitou que respeitem “a vontade popular”, dos protestos de 30 de junho e de 26 de julho.

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