Snowden pode ser transferido para centro de refugiados fora de Moscou

Rússia

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Segundo SFM, Snowden não permanece em Moscou porque não há centro de refugiados na cidade

Moscou – O ex-técnico da CIA Edward Snowden, reclamado pela justiça dos Estados Unidos, pode ser transferido do aeroporto moscovita de Sheremetyevo para um centro de refugiados fora da capital russa, declarou hoje (29) uma porta-voz do Serviço Federal de Migração (SFM) da Rússia.

Olga Kirilova, assessora do departamento do SFM de Moscou, disse à agência Interfax que Snowden não poderá permanecer na capital russa porque não há centros de refugiados na cidade. A assessora explicou que Snowden enviou seu pedido de refúgio temporário ao departamento do SFM na região de Moscou, o que coloca o aeroporto de Sheremetyevo dentro de sua jurisdição.

Segundo Kirilova, Snowden poderá deixar a zona de trânsito do aeroporto assim que obtiver seu status legal como refugiado temporário. Na última sexta-feira, Vladimir Voloj, membro do conselho consultivo do SFM, declarou que o ex-técnico da CIA poderia permanecer em Sheremetyevo por até seis meses, prazo máximo das autoridades para dar uma resposta sobre a autorização de asilo temporário na Rússia.

Snowden está há mais de um mês no aeroporto moscovita, desde que aterrissou no dia 23 de junho vindo de Hong Kong, sem poder entrar em território russo nem voar para outro país, já que os Estados Unidos cancelaram todos os seus documentos por ter revelado uma trama de espionagem em massa dos serviços secretos americanos.

Na última semana, circularam informações de que o ex-técnico da CIA sairia do aeroporto após ter recebido a confirmação de sua solicitação de asilo temporário, mas o jovem, de 30 anos, segue na zona de trânsito do local.

Seu representante russo, Anatoli Kucherena, afirmou que esse documento “pode ser entregue a qualquer momento” e que sua solicitação está sendo estudada pelo SFM.

O advogado também disse que Snowden lhe comunicou sobre sua atual intenção de viver na Rússia, embora três países latino-americanos (Venezuela, Nicarágua e Bolívia) tenham lhe oferecido asilo político permanente.