Remodelado, governo de coalizão conservadora toma posse em Portugal

fim da crise

EFE/LUSA

Ministro da Economia, Antonio Pires de Lima, de Relacões Exteriores, Rui Machete, e de Ambiente, Jorge Moreira da Silva

Lisboa – O renovado governo de coalizão conservadora que encerra a longa crise política de Portugal entrou em plenas funções hoje (24) com a incorporação de três ministros e a transferência de função de outros três.

Os seis membros do governo tomaram posse em cerimônia comandada pelo presidente, o também conservador Aníbal Cavaco Silva, que optou por aprovar esta remodelação após não conseguir que os partidos governantes e a oposição socialista chegassem a um acordo de “salvação nacional”.

O Executivo mantém a aliança dos dois partidos, o Social Democrata (PSD, centro-direita) e o Centro Democrático Social Partido Popular (CDS-PP, democrata-cristão), que somam maioria parlamentar absoluta e estão no poder desde as eleições de junho de 2011.

A mudança mais relevante produzida hoje no gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, é a nomeação de Paulo Portas a vice-primeiro-ministro e coordenador das políticas econômicas e das negociações para o cumprimento do resgate financeiro português com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A renúncia do democrata-cristão Portas do Ministério das Relações Exteriores no último dia 2 colocou em risco a maioria governamental e abriu a crise política de Portugal.

Os outros ministros que assumiram hoje o cargo são Antonio Pires de Lima, na pasta de Economia, o que aumenta para quatro o número de membros do CDS-PP no Executivo;

Rui Machete, do PSD, que substituiu Portas em Relações Exteriores, e seu companheiro de partido, Jorge Moreira da Silva, que tomou posse no Ministério de Ambiente e Administração Territorial.

Esta última pasta foi extraída do Ministério da Agricultura, cuja ministra é Assunção Cristas, do CDS-PP.

O outro ministro democrata-cristão, Pedro Mota Soares, que completa o Executivo de 14 membros, tomou posse como ministro da Solidariedade e Seguridade Social, pasta que é reforçada com a área de Emprego, que até agora dependia de Economia.

Esta é a terceira remodelação de governo efetuada por Passos Coelho, que em abril fez a primeira mudança em função da demissão de seu braço direito e ministro de Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, envolvido em um escândalo pela obtenção irregular de sua licenciatura.

No dia 2 de julho, Passos Coelho nomeou Maria Luis Albuquerque como ministra de Finanças após a renúncia de Vítor Gaspar, decisão que desencadeou também a renúncia de Portas, descontente com a nomeação, que o primeiro-ministro manteve.

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