direitos humanos

OEA aprova convenções contra o racismo, a discriminação e a intolerância

Textos aprovados pela 43ª Assembleia Geral da Organização estavam em discussão há 13 anos

Sandra Sebastián. EFE

Após aprovação pela Assembleia Geral da OEA, as convenções devem ser ratificadas pelo secretário-geral da organização

Brasília – A 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Antígua, na  Guatemala, aprovou ontem (5) os textos da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e  Formas Conexas de Intolerância e da Convenção Interamericana contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância. Os dois documentos deverão ser ratificados hoje (6) durante cerimônia comandada pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.

O presidente da Assembleia Geral da OEA e ministro das Relações Exteriores da Guatemala, Fernando Carrera Castro, elogiou a iniciativa que, na sua opinião, representa a adoção de “importantes instrumentos jurídicos”.

“A Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e  Formas Conexas de Intolerância e a Convenção Interamericana contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância reconhecem o exercício e a proteção, em condições de igualdade, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais do ser humano”, disse Carrera Castro.

O presidente do Conselho Permanente da OEA e representante permanente do Panamá na organização, Arturo Vallarino, lembrou que a negociação em torno da elaboração dos documentos começou em 2000.

Detalhes dos documentos podem ser obtidos nositeda OEA

Paulo Vannuchi

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA conclui hoje a eleição para as três vagas no órgão. O ex-ministro Paulo Vannuchi, de 63 anos, está na disputa com mais cinco candidatos: James Cavallaro (Estados Unidos), Erick Roberts Garcés (Equador), Javier de Balaúnde López de Romaña (Peru). Tentam a reeleição José de Jesús Orozco Henríquez (México) e o atual presidente da comissão, Rodrigo Escobar Gil (Colômbia).

A Comissão é formada por sete membros e é uma das entidades do sistema interamericano de proteção e promoção dos direitos humanos nas Américas. Apenas três vagas serão renovadas no processo eleitoral que começou há três dias.

Os sete membros cumprem mandato de quatro anos, com direito a uma reeleição. Pertencem à OEA 23 países e todos têm direito a voto. Cada país vota em três candidatos e o voto é direto e secreto. No final da votação, os três candidatos com maior número de votos são eleitos.

Pelos termos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e do Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, os comissários são eleitos em nome próprio e são independentes e autônomos no exercício de suas funções. Na prática, significa que Vannuchi não exercerá suas funções de comissário como representante do Brasil.

Na tentativa de evitar dúvidas sobre as avaliações e conclusões da comissão, os comissários não julgam os casos referentes aos seus países. Portanto, se houver uma situação envolvendo o Brasil, Vannuchi, se eleito, não analisará o processo.

Os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) estão em Antígua, na Guatemala, para a 43ª Assembleia Geral em campanha para Vannuchi, que é cientista social, consultor político e foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010. Atualmente, ele é diretor do Instituto Lula.

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