fim de greve

Maior organização sindical boliviana entra em acordo com Evo Morales

Central dos Trabalhadores aceitou uma proposta do governo boliviano de aumentar a aposentadoria e revisar a lei de pensões

Após duas semanas de greves e atos, o governo de Evo Morales aceitou a possibilidade de rever a lei de pensões

São Paulo – A Central dos Trabalhadores Bolivianos (COB, na sigla em castelhano), maior organização sindical do país, encerrou a greve geral que completaria duas semanas ontem (22), depois de aceitar proposta do governo de aumentar a aposentadoria e revisar a lei de pensões.

Uma reunião da Central determinou que todos os trabalhadores retomassem seus postos de trabalho a partir dessa quarta-feira, informou o líder da organização, Juan Carlos Trujillo. Ele aproveitou para se defender das acusações de que o protesto, iniciado em 6 de maio, fazia parte de uma conspiração contra o governo de Evo Morales.

“Os trabalhadores do país têm sido defensores, construtores da democracia e a COB demonstra, com firmeza, que garante o Estado democrático em nosso país”, enfatizou o líder sindical. As manifestações mais intensas ocorreram durante quase duas semanas em La Paz, capital que abriga a sede do governo, onde os trabalhadores tentaram furar à força o forte esquema de controle policial na Praça de Armas, sede dos poderes Executivo e Legislativo.

Os sindicatos reivindicavam uma aposentadoria com valor integral dos salários dos últimos dois anos, mas o governo concedeu 70% e a possibilidade de rever a lei das pensões. Para os mineiros com 30 e 35 anos de contribuição, a renda da aposentadoria será de 70%. Para os demais setores, a renda também será de 70%, mas com 35 anos de contribuição obrigatória, explicou o secretário de Finanças da Central dos Trabalhadores, Oscar Tapia.

A suspensão da greve significa o retorno ao trabalho de cerca de 4.500 trabalhadores da mina estatal Huanuni, maior produtora de estanho do país, localizada nos Andes bolivianos. O governo reduziu recentemente a idade de aposentadoria de 65 para 58 anos para trabalhadores do setor mineiro.

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