Crise na Europa

França e Alemanha vão criar plano conjunto para frear desemprego entre jovens

Iniciativa vai repassar créditos às empresas que contratem ou formem novos jovens profissionais

São Paulo – Alemanha e França vão apresentar até o fim de maio um plano comum para frear o desemprego entre os jovens – um dos principais problemas econômicos do continente europeu. A iniciativa prevê créditos para as empresas que contratem os recém-formados. A notícia foi divulgada hoje (13) pelo portal Rheinische Post.

O plano vai trabalhar em parceria com o Banco Europeu de Investimento, que conta como acionistas dos 27 países da União Europeia –, presidido pelo antigo secretário de Estado alemão Werner Hoyer, repassando créditos também às empresas que procurem alternativas para inserir gradativamente os jovens no mercado de trabalho.

O projeto chama-se “Novo Acordo para Europa”, em referência ao “New Deal for Europe” – plano de recuperação da economia que Franklin Roosevelt colocou em pratica depois da Grande Depressão de 1929. De acordo com a imprensa alemã, a intenção é apresentar publicamente as medidas numa conferência a ser realizada em Paris, no dia 28 de Maio, organizada pelo investidor e filantropo Nicolas Berggruen.

Os ministros das Finanças da França, Pierre Moscovici e Alemanha, Wolfgang Schäuble representarão os países nesta conferência, segundo fontes dos governos e da organização citadas pelo Rheinische Post.

Os dados em relação ao desemprego entre os jovens na Europa são alarmantes. Segundo números da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa entre os jovens que não conseguem uma vaga profissional é de mais de 18%, que representa a maior taxa dos últimos 20 anos.

Segundo o Eurostat, a o nível de desocupação dos jovens espanhóis atingiu a marca de 55,5% para o mês de janeiro, um décimo a mais do que o registrado em dezembro. Já os dados da Grécia estão atrasados em dois meses, mas muito mais preocupantes: 59,4%. O percentual também é ruim na Itália (38,7%) e Portugal (38,6%). O país em melhor situação nesse critério é a Alemanha: 7,9%, que mesmo assim considera a situação grave. No total, o número de jovens desempregados na UE é de 5,732 milhões, 264 mil a mais do que há um ano, subindo de 22,4% para 23,6%.

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