Dois ministros apoiam ideia de Reino Unido deixar União Europeia

Plebiscito em 2017

 

Londres Dois ministros conservadores do Governo do britânico David Cameron afirmaram hoje (12) que votariam a favor de o Reino Unido abandonar a União Europeia (UE) se for realizado um plebiscito. O ministro de Defesa, Philip Hammond, se uniu hoje às palavras expressadas horas antes pelo titular de Educação, Michael Gove, que disse à BBC que “a vida (fora da UE) seria perfeitamente tolerável” e inclusive “haveria algumas vantagens”.

Também em entrevista à emissora pública, Hammond afirmou que “se a eleição é entre uma UE exatamente como é agora e não ser parte dela”, ele estava a “favor dos argumentos do Gove”. No entanto, ambos ministros expressaram seu respaldo à estratégia defendida por Cameron para renegociar a posição do Reino Unido com a União Europeia antes de convocar essa prometida consulta popular.

O primeiro-ministro do Reino Unido se comprometeu a convocar um plebiscito sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia em 2017 se o Partido Conservador ganhar o pleito geral previsto para 2015.

As declarações de seus dois ministros, ambas em programas dominicais, são registradas antes de uma possível votação na câmara dos Comuns de uma moção de conservadores “eurocéticos” acerca da falta de legislação para realizar o plebiscito sobre a pertinência do Reino Unido à UE.

A ausência de referências na legislação necessárias para convocar essa consulta no discurso pronunciado no dia 8 pela rainha Elizabeth II no Parlamento, no qual o governo britânico resume suas prioridades, enfureceu o asa mais anti-europeia do Partido Conservador de Cameron. Se o presidente dos Comuns, John Bercow, aceitar a proposta, na quarta-feira será votada uma moção promovida por “tories” eurocéticos que pedem a Cameron que introduza a legislação propícia a esse plebiscito europeu.

Um porta-voz de Downing Street disse que o Governo pediu a seus ministros que se abstenham nessa votação, ao passo que se dará liberdade de voto aos deputados. Ao redor de 100 parlamentares “tories” poderiam apoiar essa moção, segundo os meios de imprensa britânicos.

 

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