Conselho Eleitoral da Venezuela diz que auditoria manterá vitória de Maduro

Evo, Dilma e Cristina, com o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro. Resultado das urnas é considerado irreversível (Roberto Stuckert F./PR) Bogotá – O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) […]

Evo, Dilma e Cristina, com o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro. Resultado das urnas é considerado irreversível (Roberto Stuckert F./PR)

Bogotá – O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) garantiu que a auditoria nas urnas não alterará o resultado obtido por Nicolás Maduro nas eleições de 14 de abril. O candidato derrotado Henrique Capriles pede que a verificação seja mais detalhada. 

A coordenação de campanha eleitoral de Capriles explicou que a auditoria esperada pela oposição compreende todos os elementos que compõem o processo eleitoral. “As 12 mil caixas que serão auditadas vão demonstrar se há elementos suficientes para determinar se os resultados não correspondem a verdade”, diz a nota da oposição.

O CNE tem dito repetidas vezes que a auditoria não altera a vitória de Maduro. “Foi gerada uma falsa expectativa sobre uma suposta recontagem dos votos, mas isso não existe e o resultado é irreversível”, explicou a vice-presidenta do Conselho Eleitoral, Sandra Oblitas. Empossado na semana passada, Maduro venceu a Capriles com menos de 2 pontos percentuais. 

A oposição alega que houve mais de 3.500 irregularidades durante a votação, com denúncias que incluem desde a existência de urnas fantasma, até votos registrados de pessoas mortas. O CNE rebate dizendo que o sistema eleitoral foi aprovado por observadores da União da Nações Sul Americanas (Unasul) e do Mercosul.

Após uma semana marcada de intensos protestos que deixaram oito mortos, a oposição aceitou a auditoria proposta pelo CNE, na véspera da posse de Maduro, na noite de quinta-feira (18). O processo deve durar 30 dias e será acompanhado por fiscais do governo e da oposição. Maduro foi eleito para substituir ao ex-presidente Hugo Chávez, que morreu antes de tomar posse do mandato para o qual foi eleito em outubro do ano passado. 

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