EUA: Romney demonstra otimismo e Obama confia nos eleitores indecisos

Republicano votou hoje em Boston; presidente apareceu para parabenizar adversário pela 'campanha animada' e reforçar apelo aos americanos: 'Encorajo todos a irem votar'

Obama votou no dia 25 de outubro no estado de Illinois e Romney votou nesta terça em um subúrbio de Boston (Foto: Jason Reed, Brian Snyder/Reuters)

São Paulo – O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, votou hoje (6) em um subúrbio de Boston, no estado de Massachusetts, que governou entre 2003 e 2007. De acordo com a Agência Reuters, Romney estava sorridente e, depois de sufragar, partiu para viagens de última hora a Cleveland e Pittsburgh – cidades localizadas nos estados de Ohio e Pensilvânia, apontados como cruciais para a definição desta disputa eleitoral pela Casa Branca. “Me sinto ótimo com relação a Ohio”, disse o republicano, que falou à imprensa pela primeira vez em cinco semanas.

O presidente democrata Barack Obama, que tenta a reeleição, já havia votado em Chigaco, no estado de Illinois, no último 25 de outubro. Nos Estados Unidos, 32 unidades da federação permitem o voto antecipado, uma vez que ninguém é dispensado do trabalho para sufragar. Obama, porém, fez um pronunciamento público hoje em que parabenizou seu adversário pela “campanha animada” e insistiu para que os eleitores indecisos – e os que pensam ficar longe das urnas nesta terça-feira – façam um esforço a mais para ir aos locais de votação e escolher o novo presidente. “Estamos confiantes que temos os votos para vencer, mas vai depender do comparecimento desses votos”, ponderou o democrata, segundo a Reuters. “Encorajo todo mundo de todas as partes a garantir o exercício desse precioso direito que outras pessoas lutaram tanto para que nós tivéssemos.”

Apesar de alguns analistas e institutos de pesquisas acreditarem num ligeiro favoritismo de Barack Obama na corrida pela Casa Branca, o resultado das urnas ainda é um suspense entre os norte-americanos. Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde vence o candidato que obtiver maioria dos votos, independente da região do país, o presidente dos Estados Unidos é escolhido de acordo com a quantidade de delegados que consegue eleger para o Colégio Eleitoral. Há 538 vagas, que são distribuídas entre os partidos conforme os resultados que obtém em cada estado. Ao vencer num estado, o candidato leva todos seus delegados. Os estados mais populosos têm direito a mais cadeiras no Colégio Eleitoral, e o presidenciável que conseguir mais delegados terá direito de ocupar a Casa Branca por quatro anos.

Alguns estados são reconhecidamente democratas, como a Califórnia, na costa oeste, ou republicanos, como o Texas, no sul. Os demais são conhecidos como “swing states”, pois não possuem predomínio histórico nem de um nem de outro partido. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos a pedido da Reuters, além da Pensilvânia, outros quatro “swing states” podem definir a campanha presidencial norte-americana: Ohio, Virgínia, Colorado e Flórida. As sondagens apontam que Barack Obama está um pouco à frente nos três primeiros, enquanto Mitt Romney venceria por uma ligeira diferença no último.

Além de escolher o novo presidente da República, os eleitores de três estados da costa oeste dos Estados Unidos – Washington, Colorado e Oregon – também votam hoje pela legalização da maconha para uso recreativo. Se aprovarem as medidas, essas regiões podem se tornar as primeiras do país a liberar o consumo da cannabis. A iniciativa faria com que a maconha passasse a ser tributada e regularia sua venda em lojas especiais para adultos a partir de 21 anos. Em 2010, a Califórnia passou por referendo semelhante, que decidiu pela continuidade das políticas proibicionistas. Segundo pesquisas de opinião, os cidadãos de Washington e Colorado devem aprovar a medida. No Oregon, a proibição deve permanecer.

 

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