EUA: empresa recebe multa histórica por vazamento no Golfo do México

São Paulo – Como forma de reparação pelos danos causados por um vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010, a companhia petrolífera British Petroleum, ou BP, concordou em […]

São Paulo – Como forma de reparação pelos danos causados por um vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010, a companhia petrolífera British Petroleum, ou BP, concordou em arcar com uma multa de US$ 4,5 bilhões. O valor foi fixado ontem (15) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e inclui US$ 1,3 bilhão em indenizações a organizações ambientais. Essa é a maior multa da história da Justiça norte-americana.

O acordo também prevê que a BP assuma a responsabilidade por 14 delitos praticados antes e depois do vazamento de óleo. A companhia tem um prazo de três anos para indenizar em US$ 525 milhões a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. Em nota, seus executivos se desculparam pelo episódio e lamentaram a morte da vida marinha do Golfo do México.

Uma das exigências do Departamento de Justiça era de que a empresa também destinasse US$ 2,4 bilhões à Fundação Nacional de Pesca e Vida Marinha, além de outros US$ 350 milhões para a Academia Nacional de Ciências em um prazo de cinco anos. A BP está vendendo ações para arcar com seus prejuízos.

“Todos nós da BP lamentamos profundamente a trágica destruição de vida provocada pelo acidente de 2010”, disse Bob Dudley, chefe-executivo da companhia. “Desde o início, nós nos colocamos à disposição para lidar com o vazamento, recebendo as denúncias e arcando com os custos de restauração do Golfo do México.”

Apesar do vultoso valor, a indenização a ser paga pela BP está longe de ser a maior punição já recebida por uma empresa do ramo após vazamentos de petróleo. No ano passado, a norte-americana Chevron (ex-Texaco) foi condenada pela Justiça do Equador a desembolsar US$ 18 bilhões pelos danos causados à natureza – e, consequentemente, às populações humanas – da amazônia equatoriana. A empresa ainda luta para não honrar seus compromissos, enquanto os advogados da região tentam executar a pena em outros países, como Brasil e Canadá.

Com informações do Opera Mundi

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