Protestos estudantis por escola pública terminam em violência no Chile

Segundo relatos, confronto com policiais teria durado até cinco horas na capital Santiago

Repressão policial a protesto estudantil em Santiago. Movimento por educação pública volta a ganhar intensidade (©Victor Caballero/EFE)

Brasília – Protestos de estudantes do ensino médio e policiais geraram momentos de violência, ontem (8), em várias cidades do Chile. Em Santiago, a capital do país, os manifestantes entraram em confronto ontem à noite, resultando em prisões e três carros incendiados. O protesto foi organizado pela Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino Secundário (Aces), que conta com o apoio de universitários.

Os estudantes protestam por educação pública, gratuita e de qualidade. No país, o ensino superior é privado e apenas parte do ensino médio é pública. Houve ainda protestos nas cidades de La Serena (no Norte do país), quando três pessoas ficaram feridas e 21 foram detidas. Em Viña del Mar, na região central do Chile, 11 pessoas foram presas e uma farmácia e um supermercado foram danificados, em Valdivia, no Sul do país, nove pessoas foram detidas.

Em Santiago, os confrontos começaram quando os estudantes se concentraram na Plaza Italia, um dos cartões-postais da cidade, e alteraram o trânsito da área. Os policiais usaram jatos de água e bombas de gás na tentativa de dispersar os manifestantes. De acordo com dados oficiais, os embates duraram cerca de cinco horas.

O porta-voz do governo chileno, Andrés Chadwick, descartou que os estudantes reivindiquem mudanças no sistema educacional do país. Segundo ele, os protestos geram vandalismo e deliquência.

Em 2011 e no começo deste ano, estudantes universitários chilenos, com o apoio de professores, lideraram vários protestos em defesa de mudanças no sistema de ensino do país. O governo prometeu tomar providências.

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