Cristina Kirchner assina decreto que iguala direitos de filhos de casal homoafetivo

A presidenta Cristina Kirchner, momentos antes de assinar a igualdade de filhos de casais homoafetivos ante a lei argentina (Foto: argentina.gob.ar) São Paulo – A presidenta da Argentina, Cristina Fernández […]

A presidenta Cristina Kirchner, momentos antes de assinar a igualdade de filhos de casais homoafetivos ante a lei argentina (Foto: argentina.gob.ar)

São Paulo – A presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, assinou decreto que equipara os direitos dos filhos de casais homoafetivos – que se casaram depois de aplicadas a lei do “Matrimônio Igualitário”, em julho de 2010 – ao de filhos de casais heterossexuais. A assinatura foi na segunda-feira (2) com a presença de ativistas do movimento LGBT, a quem Cristina agradeceu pela luta pelo matrimônio igualitário e pela igualdade de gênero e a todos que “lutam por continuar ampliando os direitos de todos os argentinos”, destacou. “Hoje é um dia de grande reparação. Hoje temos de gritar pela igualdade, que é tão importante como a liberdade”, ressaltou a mandatária argentina. 

César Cigliutti, presidente da Comunidade Homossexual Argentina (CHA), afirmou que a entrega desses documentos foi o primeiro ato de amor da parte de um governo argentino aos homossexuais.

Cristina lembrou que na França já se discute a aprovação de uma lei de casamento homoafetivo nos moldes da lei argentina. Ela disse se sentir muito orgulhosa por representar uma vanguarda nos direitos das minorias sexuais. “Não tomar tais decisões é não reconhecer os tempos que correm e que, na verdade, vêm do fundo da história”, resumiu.

A lei promulgada fecha as lacunas dos direitos dos casais homoafetivos que haviam ficado após a lei do casamento igualitário. Ontem, Cristina entregou os primeiros documentos a doze casais homoafetivos e seus filhos.

A Argentina aprovou em julho de 2010 uma lei que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se tornando o primeiro país da América Latina a tomar tal decisão. A lei também garantiu direitos como a adoção de crianças, além de concessão de benefícios, como pensões, licenças especiais e extraordinárias, abonos de família e cobertura do trabalho social. Após a promulgação da lei, muitos casais homoafetivos de países vizinhos cogitaram ir até a Argentina para tentar uma união oficial.

Com informações do jornal Página 12 e da Presidência da Argentina

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