Grécia busca acordo para escolher novo premiê

A demora na decisão para escolher o novo premiê se dá por conta do impasse entre socialista e conservadores (Foto: ©Yannis Behrakis / Reuters) São Paulo – A decisão sobre […]

A demora na decisão para escolher o novo premiê se dá por conta do impasse entre socialista e conservadores (Foto: ©Yannis Behrakis / Reuters)

São Paulo – A decisão sobre o nome do novo primeiro ministro do governo grego será proposta até a manhã desta quinta-feira (10). A demora se dá por conta de impasse entre socialistas e conservadores para atingir consenso na formação do novo Executivo e especialmente a identidade de quem deve presidi-lo.

Chegou-se a afirmar que o presidente do Parlamento, Fillipos Petsalnikos, seria nomeado primeiro-ministro interino ainda nesta quarta-feira (9). Mas não houve acerto, informou o escritório do primeiro-ministro George Papandreou.

Em mensagem televisiva no meio da tarde (horário da Itália), Papandreou, prestes a renunciar ao cargo, afirmou que havia sido costurado um acordo para formar um governo de unidade nacional que garanta a permanência da Grécia na zona do euro.

Em mensagem de despedida, Papandreou disse: “Estamos tentando inaugurar uma nova fase em nosso país. Devemos formar uma Grécia diferente, assim como garantir que o acordo de resgate financeiro siga adiante. Gostaríamos de mostrar à comunidade internacional que a Grécia sabe como ficar unida. Uniremos nossas forças para seguir no Euro”.

Petsalnikos, de 61 anos, próximo aliado de Papandreou, era um dos principais defensores da ideia de realizar um referendo no país sobre a aceitação de um segundo pacote internacional de resgate. 

Segundo comentou o jornal espanhol El País, o premiê interino deverá tomar em alguns meses decisões que afetarão a Grécia durante uma década. Deverá negociar com Bruxelas e com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a aplicação de um segundo resgate financeiro que permita ao país seguir pagando as faturas e evitar a quebra e colocar em prática reformas estruturais. O mais complicado é justificar isso na rua, dando aos gregos outra onda de cortes sociais.

Disputa

A disputa para ocupar o cargo de primeiro-ministro na Grécia envolve os nomes de Vassilios Skouris e Panagiotis Roumeliotis, que foram ministros em dois governos distintos, além de Lucas Papademos, que comandou o Banco Central, e o professor universitário Nikiforos Diamandouros.

Professor de Direito e atual dirigente do Tribunal de Justiça da União Europeia, com sede em Luxemburgo, Vassilios Skouris, de 63 anos, é um dos nomes cotados para o cargo de primeiro-ministro. Doutor em direito pela Universidade de Hamburgo, na Alemanha, Skouris é ligado ao ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, e foi ministro em dois governos de transição, em 1989 e 1996.

Ex-presidente, em dois mandatos, do Banco da Grécia (1994-2010) e um dos que ajudaram a conduzir a Grécia na adesão à União Europeia, Lucas Papademos, de 64 anos, é professor de economia e leciona em Harvard, nos Estados Unidos.

O economista Panagiotis Roumeliotis, de 64 anos, ex-ministro de vários governos em áreas distintas, é atualmente chefe da delegação grega no Fundo Monetário Internacional (FMI). Foi ministro no governo do socialista de Andreas Papandreou – pai do primeiro-ministro demissionário.

Nikiforos Diamandouros, de 69 anos, é formado nos Estados Unidos, na Universidade de Indiana, na Columbia. É professor de Ciências Políticas.

Com informações de El País e Agência Brasil

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