Manifestantes de Wall Street prometem não arrefecer com protestos, apesar de expulsão

Expulsos de acampamento, manifestantes do Ocupe Wall Street afirmam não parar com protestos, pois 'a semente do movimento já está plantada'

Centenas de policiais desfizeram o acampamento, prendendo 147 pessoas, inclusive 12 que se acorrentaram umas às outras em árvores (Foto: ©Lucas Jackson / Reuters)

São Paulo – Manifestantes do movimento Ocupe Wall Street que ocupavam um parque no distrito financeiro de Nova York e que foram expulsos pela polícia, na madrugada de terça-feira (15), prometem não arrefecer nos protestos e na indignação contra o setor financeiro e o modelo ecônomico dos países ricos.

Durante a noite da terça-feira, centenas de manifestantes retornaram à praça para protestar contra a expulsão. Eles dizem que as batidas podem expulsar fisicamente os manifestantes dos acampamentos, mas não podem eliminar uma ideia cuja hora chegou.

“A Praça da Liberdade (o parque Zuccotti) era uma metáfora e isso aqui é muito maior”, disse Kyle Depew, 26, garçonete do bairro de Brooklyn. “A semente foi plantada na mente de todos e é disso que trata o movimento”, afirmou.

Os manifestantes se dizem desapontados pelo fato de os bilhões de dólares injetados nos bancos durante a recessão terem permitido que as companhias voltassem a ter lucros enormes e bônus multimilionários, enquanto os norte-americanos comuns não veem alívio no desemprego e melhora nas perspectivas.

A expulsão

A polícia nova iorquina expulsou os manifestantes, tirando-os de do Parque Zucotti, onde estavam acampados desde setembro. Centenas de policiais desfizeram o acampamento, prendendo 147 pessoas, inclusive 12 que se acorrentaram umas às outras em árvores.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e a companhia imobiliária Brookfield Office Properties, dona do parque, concluíram que os manifestantes se tornaram uma ameaça à saúde da comunidade local. O juiz Michael Stalman determinou que os protestos poderiam continuar no local, porém não em acampamentos.

Nos EUA, a expulsão em Nova York foi seguida por ações similares em Atlanta, Portland e Salt Lake City. Ao contrário de Oakland, Califórnia, onde a polícia usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, a polícia de Nova York disse que a maioria dos manifestantes saiu pacificamente, mas alguns manifestantes relataram o uso da violência pelos policiais.

Com informações da Reuters e Agência Brasil

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