Cristina Kirchner mantém vantagem para vencer no primeiro turno na Argentina

Além disso, pesquisas mostram que coalizão governista larga na corrida pela província de Buenos Aires com amplo favoritismo

Presidenta argentina abriu 37 pontos de vantagem sobre o candidato radical (Foto: Divulgação Casa Rosada)

São Paulo – A presidenta Cristina Kirchner segue com caminho aberto para ser reeleita em primeiro turno na Argentina na votação de outubro. A poucos dias do fim das inscrições de chapas, no sábado (25), uma pesquisa mostra que a atual chefe de Estado abriu 37 pontos para o segundo colocado, Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR) e filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989) – 48,6% a 11,8%.

A grande vantagem constatada na província de Buenos Aires, onde votam um em cada quatro argentinos, desenha um panorama amplamente favorável ao oficialismo, que deve garantir a reeleição também do governador Daniel Scioli.

O percentual de 50% das intenções de votos obtidos por Cristina na província mais povoada é superior ao que ela obteve ao fim da campanha de 2006 e está bem acima do registrado no interior do país. “Pesa o clima de reativação e de boa imagem dos dois governos, o nacional e o de Buenos Aires. Scioli e sua boa relação com o governo serão chave, decisivos”, afirmou o consultor Enrique Zuleta Puceiro ao jornal Página12, responsável pela divulgação do levantamento.

O levantamento constatou também que o segundo colocado nas pesquisas tem enfrentado dificuldades em fazer decolar sua campanha. A leitura do instituto Opinião Pública é de que o apoio ao empresário Francisco De Narváez em sua candidatura provincial foi o principal fator para perder votos. “Atenção, ainda há que ver que atitude toma uma parte da militância do radicalismo, que não recebe com muito entusiasmo o passo que deu Alfonsín”, analisa Puceiro. Outro fator é que o governador de Santa Fé, Hermes Binner, resolveu entrar na disputa, o que pode dividir o eleitorado ligado ao radicalismo. Por ora, Binner soma 6,8% dos votos. 

A esta altura, os analistas não encontram muitas possibilidades de que Cristina saia derrotada. A presidenta goza de aprovação nacional na casa dos 70%. “Há um clima favorável tanto no campo quanto nas demais atividades econômicas. A maioria das pessoas acredita que as coisas vão bem”, resume o consultor.

Buenos Aires

Se as eleições fossem hoje, o oficialismo não teria problemas em garantir a permanência também em Buenos Aires. Daniel Scioli soma 45,6% das intenções de votos, contra 15,5% de De Narváez. Os demais candidatos aparecem abaixo de 10% e os indecisos somam 12%. 

Essas duas disputas podem complicar o quadro para o oposicionista Maurício Macri, que disputa a reeleição como chefe de governo da cidade de Buenos Aires. O candidato de Cristina poderá fazer frente a Macri, que desistiu da disputa federal ao notar o favoritismo do atual governo. 

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