Para Patriota, morte de Bin Laden pode diminuir preconceitos contra mundo árabe

Países da América Latina acompanham o Brasil no apoio à notícia do resultado da operação militar norte-americana no Paquistão

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil)

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta segunda-feira (2) que a figura de Osama Bin Laden – dado como morto em uma operação militar no interior do Paquistão, segundo informou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – promovia estigmas contra muçulmanos no mundo. Para Patriota, a preocupação agora é que a morte do líder da Al Qaeda desencadeie outros atentados. O chanceler reafirmou que o Brasil condena o terrorismo sob todos os aspectos.

Bin Laden foi dado morto, segundo o governo dos Estados Unidos, em uma operação militar realizada no Paquistão. “(Bin Laden) contribuía direta e indiretamente para que se estigmatizasse o mundo islâmico, onde as alternativas seriam a autocracia e o fundamentalismo”, diz o ministro. “E nós sabemos que não é esse o caso.”

“À medida que a Al Qaeda e Osama Bin Laden estiveram e ainda estão por trás de estratégias políticas que privilegiam atos terroristas, nós só podemos nos solidarizar com as vítimas e com aqueles que buscam a justiça”, disse o ministro.

América Latina

Governos de países latino-americanos também reagiram positivamente à notícia da captura e morte do líder e fundador da rede Al Qaeda. Os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do México, Felipe Calderón, parabenizaram oficialmente o presidente norte-americano, Barack Obama, pela operação militar.

“Esse é um golpe importante e decisivo para o terrorismo global e demonstra, mais uma vez, que os terroristas, mais cedo ou mais tarde, sempre caem. Na luta global contra o terrorismo só existe um caminho: perseverar, perseverar e resistir “, disse Santos.

A própria Colômbia enfrenta, em seu território, as Forças Armadas Revolucionárias (Farc), consideradas por parte da comunidade internacional um grupo de guerrilha ligado ao tráfico internacional de drogas.

Calderón acrescentou que a morte de Bin Laden é “um fato de grande importância” na luta contra o terrorismo. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do México classificou a Al Qaeda como “uma das organizações terroristas mais cruéis e sangrentas no mundo”. Por meio do ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno, o presidente chileno, Sebastián Piñera, recomendou cautela em relação às consequências da morte de Bin Laden. Segundo o chanceler, não se deve “cantar vitória”, mas ficar em alerta em relação às ações terroristas.

As informações são das presidências da Colômbia e do Chile, além da agência pública de notícias da Argentina, Telam.

Fonte: Agência Brasil
Edição: Fábio M. Michel

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