Resfriamento de usina no Japão avança, mas situação ainda é grave

Faixa impede que carros e pessoas entrem em uma área de Ono, na província de Fukushima (Foto: Joe Chan/Reuters) Brasília – O trabalho de resfriamento dos reatores nucleares da Usina […]

Faixa impede que carros e pessoas entrem em uma área de Ono, na província de Fukushima (Foto: Joe Chan/Reuters)

Brasília – O trabalho de resfriamento dos reatores nucleares da Usina de Fukushima Daiichi, no Japão, evolui, mas segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), a situação continua grave.

As operações na usina foram suspensas temporariamente na segunda-feira (21) por causa de uma fumaça cinza que saía do reator número 3. Técnicos foram retirados do local mas, até o momento, não foram detectadas alterações no nível de radiação ou na pressão do reator.

Em entrevista, os técnicos da usina explicaram que a fumaça e o vapor que sobem das ruínas estão menos intensos e que o sistema de resfriamento já foi retomado em três reatores.

O grau de seriedade do acidente nuclear, no entanto, foi mantido em 5, em uma escala internacional que varia de 1 a 7.

Contaminação

As autoridades japonesas proibiram a venda de leite e de dois tipos de hortaliças produzidas perto da Usina Nuclear de Fukushima Daiima, no Nordeste do país, em decorrência dos elevados níveis de radioatividade na região. Depois do terremoto seguido de tsunami no último dia 11, a usina sofreu explosões e vazamentos nucleares contaminando boa parte da região.

O risco de agravamento da situação levou as autoridades a recomendar à população manter o afastamento em um raio de 20 quilômetros em volta da usina. Para os moradores da área, a orientação foi para que evitassem deixar suas casas em uma distância de 20 a 30 quilômetros.

Os funcionários que trabalham no resfriamento dos reatores de Fukushima foram orientados hoje a  abandonar as instalações. A companhia Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela operação, determinou a retirada dos técnicos depois do surgimento de fumaça do reator número 3.
Paralelamente, as autoridades informaram que o reator 2 da usina está em condições de funcionamento parcial. Uma nova linha elétrica, há três dias, permite levar eletricidade até o reator 2.

Os equipamentos não estão em funcionamento pleno por causa das múltiplas verificações necessárias. De acordo com peritos, vários componentes, como bombas, devem ser mudados, o que requer tempo.

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