Mercosul completa 20 anos com debates sobre rumos do bloco

Assunção e Brasília têm eventos marcados. Montevidéu recebeu discussão na semana passada

São Paulo – Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai comemoram esta semana os 20 anos do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Em 26 de março de 1991, as quatro nações deram início a uma maior integração econômica, política, social e cultural inspirada na experiência europeia e fomentada pelo aumento de intercâmbio regional no pós-ditaduras.

Se o bloco vai bem ou não, a semana é adequada para reflexões. O Paraguai, que exerce a presidência temporária do Mercosul, é o responsável pela organização de debates em torno do assunto. O principal deles está agendado para esta sexta-feira (25), em Assunção, reunindo acadêmicos, representantes sindicais e empresários da região. No caso paraguaio, as comemorações dos 20 anos do Mercosul coincidem com o ano do bicentenário do país.

Mercosul, 20 anos

Mas não são só os dados econômicos que mudaram ao longo destes vinte anos. Ao longo desta semana, a Rede Brasil Atual apresentará uma série de reportagens que tratam da integração em outras áreas e dos desafios que se avizinham. Epecialistas e políticos analisam erros e acertos destas duas décadas. Samuel Pinheiro Guimarães, Alto Representante Geral do Mercosul, e Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, opinam sobre os rumos de Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil e, talvez em breve, Venezuela.

Na última semana, a Secretaria Geral do bloco, sediada na uruguaia Montevidéu, organizou um debate sobre a implantação da TV digital no Paraguai, Uruguai e Argentina. A tendência é de que todos adotem o padrão japonês, implementado no Brasil, e há expectativa, ao menos em manifestações públicas, de que se aproveite a tecnologia para promover uma integração regional maior.

No Brasil, o aniversário do Mercosul tem discussões marcadas apenas para Brasília. O Senado marcou sessão em plenário para a próxima quinta-feira (24), a partir de 14h, por solicitação do senador João Pedro (PT-AM). 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a corrente de comércio entre as nações que integram o bloco aumentou em mais de sete vezes desde 1991. No ano passado, foram movimentados US$ 380 bilhões, com superávit de US$ 20,2 bi a favor do Brasil.

 

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