Oposição do Egito se recusa a diálogo com governo e convoca greve geral para 3ª

Manifestantes participam de demonstração na praça Tahrir, no Cairo (Foto: Asmaa Waguih/Reuters) Brasília – O movimento islamita Irmandade Muçulmana, a maior força de oposição no Egito, rejeitou nesta segunda-feira (31) […]

Manifestantes participam de demonstração na praça Tahrir, no Cairo (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)

Brasília – O movimento islamita Irmandade Muçulmana, a maior força de oposição no Egito, rejeitou nesta segunda-feira (31) qualquer diálogo com o novo primeiro-ministro, general Ahmed Shafiq, e criticou o presidente Hosni Mubarak por o ter escolhido para o cargo. 

O movimento popular que quer a saída de Mubarak do poder convocou uma grande manifestação para esta terça-feira (1). Analistas prevêem cerca de 1 milhão de pessoas nas ruas da cidade do Cairo.

Shafiq foi escolhido como primeiro-ministro no sábado (29). Essa foi a primeira vez no país que Mubarak escolheu alguém para o cargo. O presidente egípcio está no poder desde 1981. O movimento afirma que só irá dialogar com o Exército, único órgão em que confia para realizar uma possível transferência de poder pacífica.    

O dirigente da Irmandade Muçulmana, Mahmud Gazali, insistiu que o povo continua a querer a queda do regime. Ele afirmou ainda que, caso Mubarak não deixe a Presidência, os cidadãos continuarão os protestos e a pedir que ele deixe o poder.

Nesse domingo (30), a oposição egípcia anunciou a criação de um comitê do qual fazem parte, entre outros grupos, a Irmandade Muçulmana e a Coligação Nacional para a Mudança, liderada pelo ex-presidente da Agência Internacional de Energia Atômica e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, com a missão de se aproximar dos militares para criar canais de comunicação. 

Pelo menos 125 pessoas morreram e cerca de 2 mil ficaram feridas nos protestos contra o regime de Mubarak, que começaram no último dia 25. 

 

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