Brasileiro afastado de missão da OEA reitera críticas à ações no Haiti

Brasília – O ex-representante especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti, o brasileiro Ricardo Seitenfus, reiterou neste domingo (2), ao participar da cerimônia de transmissão de cargo de […]

Brasília – O ex-representante especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti, o brasileiro Ricardo Seitenfus, reiterou neste domingo (2), ao participar da cerimônia de transmissão de cargo de Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, as críticas ao número de militares presentes no país caribenho e à ação das organizações não governamentais. 

Em decorrência dessas críticas, Seitenfus foi afastado das funções no final de dezembro. Para ele, a decisão foi “contraproducente”, mas disse que representou o que muitos pensam sobre as missões em atuação no Haiti. “Tenho impressão que não falei inverdades. O Haiti não precisa de tantos soldados. O Haiti precisa de engenheiros, técnicos e desenvolvimento socioeconômico”, disse Seitenfus.

O brasileiro afirmou que “o Haiti não pode ser simplesmente objeto ou coadjuvante da sua própria história. O paísi tem de estar no centro da sua história”. Segundo ele, suas críticas “são reflexões generosas feitas com o coração, mas que retratam a percepção de muita gente que não tem voz. Fui o porta-voz daqueles que não têm voz”.

Seitenfus criticou, em entrevista recente a um jornal suíço, o papel da comunidade internacional e, especialmente da Missão das Nações Unidas (Minustah), presente no Haiti desde 2004. Para o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, Steinfus fez afirmações “incontestáveis”.