Lula vai mostrar no G20 medidas adotadas no Brasil para superar crise

Seul – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (11) que vai mostrar nas reuniões da Cúpula do G20 (que engloba as maiores economias mundiais) que o […]

Seul – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (11) que vai mostrar nas reuniões da Cúpula do G20 (que engloba as maiores economias mundiais) que o Brasil cumpriu metas e conseguiu vencer os efeitos da crise financeira mundial. Lula afirmou ainda que de forma semelhante atuaram outros países emergentes. Mas essa superação não ocorreu com os países ricos que ainda enfrentam dificuldades causadas pela crise.

Lula defendeu que as nações passem a atuar de forma global e não mais isolada porque isso pode levar ao protecionismo causando um desequilíbrio na economia internacional e agravando a guerra cambial. O ideal, segundo ele, é que os representantes informassem de forma detalhada como estão os números referentes ao emprego e desemprego, assim como exportações e importações. Para ele, desta forma, é possível avaliar a situação como um todo.

“Há uma contradição: de um lado há os países emergentes, como o Brasil, que tomou medidas rápidas e o resultado foi rápido. Isso aconteceu com todos os emergentes. Ao contrário, os países ricos fizeram uma contenção no consumo”, afirmou o presidente ao desembarcar em Seul para a Cúpula do G20. “Se cada um for pensar só em si, vamos voltar à velha política do protecionismo, o que não ajudou país algum.”

Porém, Lula negou que ocorra pressão sobre os Estados Unidos e a China que adotaram medidas que desvalorizam suas moedas e causam o acirramento da crise cambial. “Não se deve ter medo de vir para uma reunião com receio de divergências”, disse ele. “Não pode é cada um tentar resolver seu problema, sem levar em conta os reflexos nos outros países.”

De acordo com o presidente, essa questão econômica não ameaça a soberania dos países, mas é necessário que novas condutas sejam adotadas para impedir reflexos negativos, sobretudo, nos países mais pobres. “Ninguém quer diminuir a soberania de nenhum país”, disse ele. “Não poderemos tomar decisões sem levar em conta os reflexos nos outros países de economias mais frágeis. O G20 não é cada um por si e Deus por todos. É todos por todos e Deus por todos.”

Lula reiterou ainda que os últimos números apresentados pelo governo brasileiro indicam avanços. “ O Brasil gerou mais empregos. Nós estamos tendo o menor desemprego da série histórica. Nós fizemos a lição. Vocês estão lembrados que eu fui para a televisão pedir para a povo comprar. É isso que nós queremos que os outros países façam (algo semelhante)”, afirmou.

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