Equador prende 50 suspeitos de onda de protestos e OEA convoca reunião para discutir o assunto

Brasília – O governo do Equador confirmou nesta quarta-feira (6) a prisão de 50 policiais, acusados de promover a onda de manifestações contra o presidente equatoriano, Rafael Correa, no último […]

Brasília – O governo do Equador confirmou nesta quarta-feira (6) a prisão de 50 policiais, acusados de promover a onda de manifestações contra o presidente equatoriano, Rafael Correa, no último dia 30. Os policiais estão sob os cuidados da Procuradoria Geral da República para prestar depoimentos. Paralelamente, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, convocou para tarde de hoje uma reunião para discutir o assunto.

Ao serem detidos, os policiais foram obrigados a deixar armas e uniformes no Centro de Formação da Polícia Nacional. Os suspeitos foram transferidos para a Procuradoria Geral da República sob forte esquema de segurança. Eles ficarão detidos por 24 horas. Um dos presos é o major da reserva Fidel Araujo, que aparece em um vídeo.

As informações são da Agência Pública de Notícias do Equador e da América do Sul (Andes), ligada ao governo equatoriano. O promotor Marco Freire, responsável pelas audiências, disse que o objetivo é apurar responsabilidades sobre os acontecimentos do último dia 30. Na ocasião houve manifestações em Quito e outras cidades do Equador.

No caso de Quito o protesto chamou a atenção porque ao tentar negociar com os rebeldes, Correa foi isolado em um hospital e só conseguiu sair de lá depois de 11 horas e sob escolta militar. De acordo com o governo, houve cinco morte e mais de 200 feridos. Para o presidente equatoriano, foi uma tentativa de golpe de Estado.

Na OEA, Insulza vai apresentar um relatório sobre as manifestações e a suspeita de golpe de Estado levantada por Correa. O secretário-geral do órgão esteve hoje com Correa, mas desde sexta-feira visita Quito para levantar informações.

“Os crimes cometidos não devem ficar impunes. Isso não pode ser esquecido, sem uma investigação mais aprofundada sobre o que ocorreu”, disse Insulza. “A questão fundamental aqui é investigar a tentativa de golpe e punir os culpados dos crimes contra o povo.”