Após protestos que deixaram cinco mortos, ONGs preparam ato de apoio ao presidente do Equador

Cena dos protestos no Equador, ocorridos há duas semanas (Foto: Guillermo Granja/Reuters) Brasília – O presidente do Equador, Rafael Correa, relembrará nesta sexta-feira (15) a série de protesto contra o […]

Cena dos protestos no Equador, ocorridos há duas semanas (Foto: Guillermo Granja/Reuters)

Brasília – O presidente do Equador, Rafael Correa, relembrará nesta sexta-feira (15) a série de protesto contra o governo que ocorreu há duas semanas. Organizações não governamentais (ONGs) e simpatizantes do governo prepararam uma manifestação em Quito, capital equatoriana, em favor de Correa.

A iniciativa ocorre no momento que integrantes do governo prestam depoimentos sobre o episódio do último dia 30, deflagrado por policiais insatisfeitos com alterações propostas pelo governo para o funcionalismo público. O protesto, que deixou saldo de cinco mortos e mais de 200 feridos, obrigou o presidente Correa a ficar em isolamento por 11 horas em um hospital de Quito.

As informações são da estatal Agência Pública de Notícias do Equador e da América do Sul (Andes). O ministro do Trabalho do Equador, Richard Espinoza, prestou hoje (14) depoimento ao Ministério Público sobre os protestos do dia 30. Ele disse que foi espontaneamente às autoridades relatar o que viu.

“Com certeza [houve um sequestro do presidente Correa]. Não se podia sair de lá [do hospital onde Correa e outras autoridades ficaram confinados]”, afirmou o ministro. “Eles [os rebelados] começaram a disparar contra o hospital, quebraram uma janela que dava para a sala onde estava o presidente. No hospital havia gás lacrimogêneo. Os fatos são claros: não há como esconder o sol com a peneira.”

Também deverão prestar esclarecimentos ao Ministério Público os ministros das Finanças, dos Negócios Estrangeiros e do Interior, além do secretário nacional de Comunicação. Nos dias que sucederam a onda de protestos, houve prisões de suspeitos, que podem ficar detidos por, no máximo, três meses. Um deles é o coronel que dirigia a Escola da Polícia Nacional, Rolando Tapia.

A ministra da Coordenação Política, Doris Soliz, disse que o ato é “encorajador”. Para as autoridades equatorianas, ainda há risco de golpe de Estado no país.

Após os distúrbios do dia 30, presidentes e chanceleres sul-americanos se reuniram para anunciar o apoio a Correa e rechaçar as ações dos rebelados. Para as autoridades estrangeiras, houve uma tentativa de desestabilizar o governo equatoriano.

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