Lula repudia atentado contra senador no Paraguai

Presidente Lula recebe o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em visita oficial ao Brasil ( Foto: Ricardo Stuckert/PR) Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou nesta quarta-feira […]

Presidente Lula recebe o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em visita oficial ao Brasil ( Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou nesta quarta-feira (28) o ataque contra um senador governista do Paraguai, que resultou na prisão de dois brasileiros suspeitos, e afirmou que discutirá a situação da fronteira em encontro com o presidente paraguaio.

“Eu acho uma insanidade alguém achar que utilizando a violência, como foi utilizada no Paraguai, atirando no senador e matando o segurança do senador ou ameaçando… venha colocar medo no Estado brasileiro e no Estado do Paraguai”, afirmou Lula em entrevista à imprensa.

O carro do senador Roberto Acevedo foi alvo de disparos na segunda-feira na cidade de Pedro Juan Caballero, capital do Departamento de Amambay, área de tráfico de drogas na fronteira com o Brasil. Duas pessoas morreram no ataque.

Segundo a polícia paraguaia, os brasileiros presos seriam de São Paulo e podem estar vinculados a grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas que operam no Brasil.

“Eu pretendo na segunda-feira encontrar com o presidente (paraguaio Fernando) Lugo e conversar muito seriamente sobre o que está acontecendo na fronteira entre Brasil e Paraguai”, afirmou Lula, acrescentando que deve anunciar medidas comuns com Lugo sobre a questão, sem dar mais detalhes.

“Até a questão do refúgio nós vamos ter que discutir com o presidente Lugo”, acrescentou o presidente, se referindo a três supostos guerrilheiros paraguaios refugiados no Brasil desde 2003. O Paraguai alega que eles seriam integrantes do grupo armado Exército do Povo Paraguaio (EPP).

Na próxima segunda-feira (3), Lula se reúne com o presidente paraguaio em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

A ação de um grupo armado no norte do Paraguai levou Lugo a declarar estado de exceção para poder mobilizar na segunda-feira cerca de 1.000 militares e policiais para a região, onde o EPP teria operações.

Fonte: Reuters