Lula critica ocupação israelense na Cisjordânia e defende criação de Estado palestino

Presidente Lula e o presidente do Estado de Israel, Shimon Peres (Foto: Ricardo Stuckert /PR) Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (15), em discurso […]

Presidente Lula e o presidente do Estado de Israel, Shimon Peres (Foto: Ricardo Stuckert /PR)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (15), em discurso no Parlamento de Israel, a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e defendeu a criação de um Estado palestino. As informações são da BBC Brasil.

“Defendemos a existência de um Estado de Israel soberano, seguro e pacífico”, disse o presidente. “Ele deverá conviver com um Estado palestino igualmente soberano, pacífico, seguro e viável, sobretudo pelo traçado de seu território.”

O presidente defendeu a importância do diálogo na solução dos conflitos no Oriente Médio.

“Essa postura [de diálogo] se faz mais necessária agora, quando assistimos a uma paralisação das negociações e iniciativas unilaterais que as dificultam, como o anúncio da construção de residências em Jerusalém às vésperas do reinício de uma rodada de negociações”, afirmou Lula.

“O impasse agrava a deterioração das condições de vida nos territórios palestinos ocupados. Mas também alimenta fundamentalismos de todos os lados e coloca, no horizonte, conflitos mais sangrentos ainda.”

Lula chegou a citar em discurso o físico Albert Einstein e disse que “não se pode fazer a mesma coisa, dia após dia, e esperar resultados diferentes”. Segundo o presidente, “o Brasil quer modestamente ajudar a obter esses resultados diferentes”, referindo-se à oferta que fez ao presidente de Israel, Shimon Peres, de trabalhar como mediador dos conflitos entre israelenses e palestinos.

Aproveitando o contexto do conflito, o presidente brasileiro voltou a defender a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). “Não será o caso de as Nações Unidas, renovadas e com maior legitimidade, assumirem, agora, um papel mais ativo na busca da paz?”, sugeriu Lula.

Fonte: Agência Brasil

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