Justiça uruguaia condena ex-ditador a 25 anos de prisão

Montevidéu  – A Justiça uruguaia condenou nesta quinta-feira (22) a 25 anos de prisão o ex-ditador Gregorio Álvarez por 37 homicídios ocorridos durante o governo militar, entre 1973 e 1985, […]

Montevidéu  – A Justiça uruguaia condenou nesta quinta-feira (22) a 25 anos de prisão o ex-ditador Gregorio Álvarez por 37 homicídios ocorridos durante o governo militar, entre 1973 e 1985, disse um advogado dos familiares de desaparecidos.

No entanto, o ex-capitão da Marinha, Juan Carlos Larcebau, foi condenado a 20 anos de prisão por 29 crimes de homicídio especialmente agravado, explicou à Reuters o advogado Oscar López Goldaracena.

“O juiz classificou os delitos como crimes contra a humanidade”, acrescentou.

Ambos estavam detidos à espera da sentença. Álvarez, de 83 anos e um marco da ditadura, foi preso em dezembro de 2007.

As vítimas foram sequestradas na Argentina, torturadas em um centro de detenção clandestino conhecido como “Poço de Banfield” e enviadas ao Uruguai em 1978, mas seus restos mortais nunca foram encontrados.

Cerca de 200 uruguaios desapareceram durante o período militar, a maioria deles na Argentina, em operações conjuntas das forças de segurança das ditaduras.

Em 1978, Álvarez era comandante do Exército e foi presidente do governo militar entre 1981 e 1985, quando foi restaurada a democracia.

Uma dezena de militares, o ex-presidente Juan María Bordaberry, que dissolveu o Congresso em 1973, e seu chanceler, Juan Carlos Branco, estão detidos devido às investigações sobre desaparecimentos e assassinatos durante o governo de facto.

A condenação foi anunciada poucos dias depois de a Suprema Corte de Justiça ter declarado inconstitucional uma lei de anistia a militares para uma caso específico e a três dias antes de os uruguaios votarem em um referendo para anular a norma.

Fonte: Reuters

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