Embaixador apela ao Congresso para que apoie adesão da Venezuela ao Mercosul

Sarney é contra a entrada da Venezuela no Mercosul(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado) Brasília – Em defesa da adesão da Venezuela ao Mercosul, o representante permanente do Brasil na Associação Latino-Americana […]

Sarney é contra a entrada da Venezuela no Mercosul(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Brasília – Em defesa da adesão da Venezuela ao Mercosul, o representante permanente do Brasil na Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração (Aladi), embaixador Régis Arslanian, apelou nesta terça-feira (27) ao Congresso Nacional que apoie a participação de todos os países latino-americanos no bloco. Segundo ele, a “integração” é de interesse do Brasil, que será favorecido com uma vizinhança tranquila e forte.

“É uma necessidade de o Brasil se integrar. Se a Colômbia e o Chile quiserem se unir ao Mercosul [serão bem-vindos]. Não é uma questão de pensarmos na adesão só da Venezuela, mas de todos os países. Qualquer país latino-americano pode aderir ao Mercosul”, disse Arslanian, na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

O embaixador defendeu a integração da Venezuela no Mercosul ao lado do prefeito de Caracas, Antônio Ledezma, que presta esclarecimentos ainda hoje na comissão. “O Brasil tem cumprido a responsabilidade de ser o grande incentivador da integração do Mercosul”, afirmou o diplomata. “Temos de ter uma visão estratégica, como a União Europeia.”

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reiterou hoje que é contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul porque considera que o governo do país vizinho desrespeita a cláusula democrática. “O atual governo da Venezuela tem tomado providências que representam desmoronamento e desvio da democracia”, disse.

O relatório que pode autorizar a adesão da Venezuela ao bloco será votado na próxima quinta-feira (29), na Comissão de Relações Exteriores. Se aprovado, o documento deverá ser submetido à nova votação, desta vez no plenário do Senado.

O tema é polêmico. O senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), por exemplo, fez um relatório contrário à adesão da Venezuela ao bloco por acreditar que o governo do venezuelano Hugo Chávez não é democrático. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, preparou um voto em separado argumentando que as razões econômicas devem estimular o apoio à adesão. 

Fonte: Agência Brasil

 

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