Amorim defende que Micheletti seja mais flexível na busca do fim da crise política de Honduras

(Foto: Antonio Cruz/ABr) Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta terça-feira (13) que o presidente de Honduras, Roberto Micheletti, seja mais flexível nas negociações em busca […]

(Foto: Antonio Cruz/ABr)

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta terça-feira (13) que o presidente de Honduras, Roberto Micheletti, seja mais flexível nas negociações em busca do fim da crise política no país.

O chanceler disse que o presidente deposto, Manuel Zelaya, já demonstrou flexibilidade. Para Amorim, não se deve cogitar um terceiro nome, mas, sim, garantir o retorno de Zelaya ao poder. “A posição de todos da OEA [Organização dos Estados Americanos] é a restituição do presidente Zelaya [ao governo]”, disse Amorim.

Após  audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, Amorim fez uma análise sobre o papel do Brasil na questão hondurenha. “Fizemos a coisa certa para que exista o diálogo. Depende agora de flexibilidade. Na minha opinião, depende mais da flexibilidade do governo de fato [do presidente Michelletti] porque até o presidente Zelaya já demonstrou muita flexibilidade”, afirmou.

Setores da sociedade organizada de Honduras defendem a realização das eleições em 29 de novembro. No entanto, o governo brasileiro e organismos internacionais temem a falta de legitimidade destas eleições. Paralelamente, são realizadas mesas de negociações entre representantes de Zelaya e Micheletti na tentativa de buscar um acordo.

Para o chanceler, essas definições devem ocorrer em discussões internas com apoio dos organismos internacionais. Na semana passada, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, reiterou que o governo brasileiro mantém o apoio a Zelaya e rechaçou qualquer ameaça à democracia e também o de golpe de Estado que depôs Zelaya.

Desde o dia 21 de setembro, Zelaya e seus correligionários se instalaram na Embaixada do Brasil na capital hondurenha, Tegucigalpa. Ele foi deposto no dia em 28 de junho em um golpe apoiado por integrantes do Congresso, da Suprema Corte e das Forças Armadas. “Sempre achamos que a presença do presidente Zelaya em Tegucigalpa, sob a proteção da Embaixada do Brasil ajudaria nesse diálogo”, disse Amorim.

Fonte: Agência Brasil