Zelaya discutirá situação de Honduras com Lula em Brasília

No país, manifestantes vão às ruas protestar contra golpistas. Manifestarem marcharam por quilômetros

Simpatizante do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, balança bandeira do país durante manifestação em San Pedro Sula nesta terça (Foto: Reuters/Juan Carlos Ulate)

Brasília – O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, discutirá na quarta-feira (12) a situação de seu país com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o Itamaraty nesta terça-feira.

Ao anunciar o encontro, o Ministério de Relações Exteriores reiterou a condenação do governo brasileiro ao golpe que derrubou Zelaya e insistiu que o presidente seja reempossado “de maneira incondicional e no prazo mais breve possível”.

Zelaya chegará a Brasília na noite desta terça-feira e se reunirá com Lula na tarde de quarta-feira, disse uma fonte do governo que pediu para não ser identificada.

Desde que foi deposto por militares e enviado a Costa Rica em 28 de junho, Zelaya tem tentado retornar ao seu país.

Embora o golpe tenha sido condenado por todo o continente e por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos, o governo de facto liderado pelo presidente Roberto Micheletti não cedeu às pressões crescentes para permitir o retorno de Zelaya.

Protestos em Honduras

Com bandeiras de Honduras e entoando músicas de protesto, milhares de simpatizantes do presidente deposto Manuel Zelaya chegaram nesta terça-feira à capital do país para pedir a restituição do mandatário, expulso do poder em 28 de julho.

Os manifestantes marcharam vários quilômetros a partir de várias localidades do país da América Central até Tegucigalpa, como objetivo de protestar e aumentar a pressão sobre o governo do presidente interino, Roberto Micheletti.

“Esses golpistas têm que ir, o povo está contra o golpe; o presidente Zelaya é o eleito pelos hondurenhos, não os militares golpistas”, disse Sarahí Avilez, funcionária pública de 32 anos.

Ao grito de “Viva Olancho”, em alusão ao Estado natal de Zelaya, alguns dos manifestantes usavam o chapéu que se converteu em símbolo do presidente.

“Queremos que Mel regresse”, clamavam outros sob o intenso calor que assolava a capital hondurenha enquanto marchavam em direção ao Palácio Presidencial, rodeado por seguranças.

Fonte: Reuters

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